quarta-feira, 18 de março de 2009

Decisões e Escolhas: Uma Questão Essencial

O artigo de José Augusto Wanderley é o que escolho para compartilhar com os leitores. "A vida é a arte das escolhas, dos sonhos, dos desafios e da ação"

Ele escreve que os caminhos da vida são feitos de decisões e escolhas. Assim, o que cada um de nós é hoje, seja na sua vida profissional, seja na sua vida pessoal, é conseqüência destas escolhas e das ações adotadas para efetivá-las. Algumas são essenciais e importam decisões sobre nossa religião ou nosso papel social. Outras são operacionais, como a roupa que vamos vestir para ir trabalhar. Queiramos ou não, conscientes ou inconscientes, por ação ou omissão, estamos sempre fazendo escolhas. E nunca é demais lembrar que não escolher já é uma escolha; Se queremos ser os timoneiros da nau da nossa vida, devemos procurar ser conscientes das escolhas que fizemos e estamos fazendo, pois é esta consciência que nos permite assumir a responsabilidade pelos nossos atos e, conseqüentemente, continuar com o que estamos fazendo ou então mudar. A questão básica é o que aprender para que possamos ter êxito neste mundo de crescente insegurança, complexidade, ambigüidade e imprevisibilidade. E isto também é uma escolha.
O autor destaca algumas escolhas que estamos fazendo a todo o momento e ilustra com um exemplo: O general franquista Millan d’Astray, nas suas palavras na Universidade de Salamanca, na frente do filósofo Miguel de Unamuno, proferiu sua célebre frase: "Abaixo a inteligência. Viva a morte!". E esta é a grande questão. Estamos escolhendo a vida ou a morte do planeta em que habitamos? Todas aquelas pessoas ou empresas que contribuem com poluição ambiental e destruição dos ecossistemas, chuvas ácidas, aumento da temperatura na Terra e a conseqüente elevação dos níveis das marés, destruição da camada de ozônio, desmatamentos indiscriminados e a existência de pessoas vivendo em condições subumanas, em função da ganância, da busca do lucro Kamikaze ou da falta de consciência social, estão engrossando o coro de Millan d’Astray e à sua própria maneira estão repetindo com o general franquista: "Viva a morte!"
Na realidade, esta é a grande questão ética, segundo a qual todas as outras devem se ordenar. É saber qual a resposta a uma pergunta de Albert Einstein: "Será que estamos fazendo deste planeta um lugar melhor para se morar?" Ou estamos ao lado dos que não têm nenhuma preocupação com isto, pois, como dizem, a longo prazo estaremos todos mortos. A riqueza de nossa vida está muito relacionada aos significados que damos ao que fazemos.
Segundo o autor o que têm forte influência sobre nossos comportamentos é o nosso sistema de crenças e valores e é neste sentido que há quem diga: "Quer você acredite que pode, quer acredite que não pode, você está certo." Todos nós temos um conjunto de crenças e valores que fomos adquirindo ao longo da vida e que são determinantes do nosso comportamento. Algumas podem ser extremamente úteis, como acreditar que tudo o que nos acontece pode ser uma oportunidade. Outras podem ser negativas, como a de se acreditar vítima das circunstâncias, na base do "isto só acontece comigo". Em geral as pessoas não analisam os impactos de suas crenças sobre suas vidas e não sabem que podem e como mudá-las.
E pode-se concluir com o texto que a consciência de que o que obtemos da vida está profundamente relacionado às escolhas que fizemos ou fazemos nos permite estar abertos a identificá-las e ratificá-las ou retificá-las. E esta é uma grande escolha final. É possível mudar. E um bom modo de fazê-lo é com base em Jean P. Sartre: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim." Em suma, ser consciente das escolhas que fazemos é entrar no mundo mágico das possibilidades. É saber que existem infinitas formas e caminhos e que a vida é daqui para a frente.

Nenhum comentário:

O GOSTO POR APRENDER E ENSINAR

                                                                                                    Os trabalhos apresentados na obra O gost...