segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O que é modulação hormonal?

Para responder esta questão reproduzo o artigo de um especialista no assunto: Doutor Gian Carlo Nercolini.

Modulação hormonal sem riscos.

O assunto não é dos mais simples. Sempre se ouviu falar que, na menopausa, a mulher precisa de estrogênio, quando na verdade, o hormônio que mais se reduz nessa fase é a progesterona. Até bem pouco tempo também se pensou que o tipo de hormônio disponível no mercado para reposição hormonal fosse igual aos hormônios endógenos (produzidos pelo organismo humano), mas já se sabe que eles são, apenas, parecidos.

Antes de mais nada, vamos entender que a produção de hormônios pelo organismo humano começa a decrescer após determinada idade e que isso, nas mulheres, além de determinar o fim dos ciclos reprodutivos, também produz uma série de sintomas desagradáveis. Estou falando do climatério, período que antecede a menopausa, e da menopausa propriamente dita. Se o organismo funcionava as mil maravilhas até os níveis de hormônios começarem a cair, parece natural que se possa ajudá-lo a continuar mantendo a sua vitalidade, sem sintomas desagradáveis, mediante um suprimento extra de hormônios. Isso é reposição hormonal.

Agora, porque tanta polêmica se, em tese, reposição hormonal é o melhor que se pode fazer para a manutenção da qualidade de vida da mulher? A polêmica é porque, em vez de os laboratórios produzirem hormônios iguais aos produzidos pelo organismo humano, fizeram um produto “parecido”. E “parecido” não é igual. Experimente abrir a porta da sua casa com uma chave parecida com a verdadeira: você pode até conseguir, mas vai acabar estragando tanto a chave quanto a fechadura, e, o que é pior, depois você não vai mais abrir a porta nem com a chave certa. É esse o problema. O hormônio “parecido” ocupa o lugar do endógeno, prejudica o organismo e acaba, até mesmo, impedindo que o próprio hormônio endógeno desempenhe suas funções.

Depois que esses hormônios “parecidos” começaram a ser usados, as mulheres começaram a infartar mais e a ter mais câncer de mama. Coincidência? Não! Grandes e sérios estudos têm sido realizados sistematicamente para verificar os riscos oferecidos pela reposição hormonal, feita com esses hormônios “parecidos”, comprovando que ela tem aumentado os riscos de câncer de mama e de doenças cardiovasculares, entre outras.

Mas esse problema está em vias de ser solucionado, porque paralelamente ao pânico instalado com a divulgação dos resultados destes estudos, iniciou-se a produção de hormônios com estrutura molecular idêntica à daquelas produzidas pelo organismo humano. Estou falando dos “hormônios bioidênticos”. Se você está pensando que, porque são produzidos em laboratórios os “hormônios bioedênticos” também podem ser prejudiciais, engana-se! O fato de uma substância ser produzida em laboratório, não significa que ela é ruim, assim como o fato de ser natural não significa que não é boa. Veneno de cobra é natural e mata.

No caso dos hormônios, o que caracteriza a bioidentidade é a estrutura molecular idêntica à do hormônio produzido pelo organismo humano. Isso é o bastante. Se você for abrir a porta de sua casa com a chave original, que veio junto com a fechadura, ou com uma idêntica, feita pelo chaveiro da esquina, o efeito será o mesmo: a porta se abrirá, sem danos. Para o nosso organismo, também não interessa onde o hormônio foi produzido, desde que ele seja idêntico ao original. Esse é o ponto que a mulher precisa entender para poder argumentar com o seu médico e evitar expor-se a riscos desnecessários.



Depois deste esclarecimento, no artigo do Doutor Gian, um algo a mais que acrescento: acontecem coisas boas e ruins na vida. O que acontece de ruim pode levar a coisas muito boas. Tem pessoas maravilhosas, que com zelo e carinho, confortam o corpo e a alma nos momentos de baixa energia e de atividade física e mental. Outras pessoas maravilhosas, que em sua atividade profissional, proporcionam qualidade de vida a muitas outras. Um balanço final muito positivo. Encontrar pessoas de nosso circulo de amizades que são verdadeiros anjos e profissionais altamente qualificados, ambos capazes de renovar a esperança de continuar vivendo feliz e superar os momentos difíceis. Muito obrigada aos que fazem parte da minha história.

sábado, 15 de agosto de 2009

Ler, interpretar e escrever: desafios do nosso tempo.

Ler, interpretar e escrever – é um desafio dos que trabalham em educação, ensino e formação de pessoas na atualidade. Nossa língua falada e escrita já passou por várias modificações. Para muitas crianças o português é sempre a pior matéria. E para muitos professores de português, alguns alunos jamais serão lidos por alguém. Se por isso você pensa que nunca poderá escrever, esqueça, anime-se, não desista. Muitos que hoje escrevem muito bem, já sentiram a mesma coisa. Um desses caras é Stephen Kanitz. Em um de seus artigos ele dá dicas de como escrever bem. Eu li e achei muito interessante. Agora vou resumir o que ele detalhou, a partir de sua experiência.
1. Escrever tendo uma nítida imagem para quem se está escrevendo. Ter uma imagem do leitor ajuda a lembrar que não dá para escrever para todos no mesmo artigo. É preciso escolher o público alvo de cada vez, e escrever quantos artigos necessários para convencer todos os grupos.
2. Há muitos escritores que escrevem para afagar os seus próprios egos e mostrar para o público quão inteligentes são. Se você for jovem, você é presa fácil para este estilo, porque todo jovem quer se incluir na sociedade. Mas não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu.
3. Escrever e reescrever um texto, em média, 40 vezes. Ler e reler o mesmo número de vezes. Verificar a frase mais correta. Mudar uma ou outra palavra, trocar a ordem de um parágrafo ou eliminar uma frase. Quando tudo parecer tão perfeito, tudo tão essencial, cortar aos poucos. O primeiro rascunho é escrito quando se tem uma inspiração. Ela pode ocorrer em qualquer momento.
4. Se você quer mudar o mundo você terá que começar convencendo os conservadores a mudar. Dezenas de jornalistas e colunistas desperdiçam as suas vidas e a de milhares de árvores, ao serem tão sectários e ideológicos que acabam sendo lidos somente pelos já convertidos.
5. Cada idéia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Muitas vezes, pode-se encaixar ainda uma terceira versão. Informação é redundância. Você tem que dar mais informação do que o estritamente necessário.
6. Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo concluir sozinho, ao invés de impor a sua opinião. Se outros chegarem à mesma conclusão, você terá um aliado. E se apresentar a sua conclusão, terá um desconfiado. Então, o segredo é colocar os dados, formular a pergunta e deixar o leitor responder, dar alguns argumentos importantes, e parar por aí.
7. O sétimo truque aprendeu em um curso de redação. O professor exigia um texto de quatro páginas. Feita a tarefa, pedia que tudo fosse reescrito em duas páginas sem perder conteúdo. Parecia impossível, mas normalmente conseguíamos. Têm frases mais curtas, têm formas mais econômicas, tem muita lingüiça para retirar. Em dois meses aprenderem a ser mais concisos, diretos, e achar soluções mais curtas. Depois, reescreviam tudo novamente em uma única página. Neste momento havia protesto geral. Alegavam que toda frase era preciosa, e que não dava para tirar absolutamente nada. Mas isto os obrigava a determinar o que era essencial ao argumento, e o que não era.
Após estas dicas, em suas conclusões, Kanitz, escreve que as pessoas, acham-no extremamente inteligente, e se impressionam com a quantidade de informação relevante que ele consegue colocar em uma única página, e ele declara que isso se deve ao treino, não a inteligência. Esta é a palavra chave “treino”. Para um atleta ser excelente em sua modalidade, precisa de preparação física, técnica, dedicação, repetição, tempo para treinar. Portanto, meus queridos para ler, interpretar e escrever, muito bem, é só começar. Além de malhar o corpo, malhem o cérebro.

O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e manter-se ligado a algumas regras simples. Mãos à obra. Boa sorte e mudem o mundo com suas pesquisas e observações fundamentadas, não com seus preconceitos. Stephen Kanitz

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os pequenos da rua.

Momentos de reflexão são benéficos às pessoas. Os textos criados por pessoas mais sensíveis são luzes em cada tema abordado. O assunto desta semana me chegou por email, em tempo frio, onde muitas crianças sofrem a falta de calor no corpo e na alma. Esta é a realidade de muitos municípios brasileiros, as cidades maiores estão repletas desses pequenos, o que torna imprescindível pensar sobre esta questão.

Nesse pequeno que passa roto e sujo, pela rua, caminha o futuro. É a criança filha de ninguém, o garoto sem nome além de menino de rua. Passa o dia entre as avenidas da cidade, as praças e por vezes nos amedronta, quando se aproxima. Ele não vai à escola e em todas as horas observa que se esgotam os momentos da sua infância.

Você atende os seus filhos, tendo para eles todos os cuidados. Esmera-se em lhes preparar um futuro, selecionando escola, currículo, professores, cursos. Acompanha, preocupado, os apontamentos dos mestres e insiste para que eles estudem, preparando-se profissionalmente para enfrentar o mercado de trabalho. Você auxilia os seus filhos na escolha da profissão, buscando orientá-los e esclarecê-los, dentro das tendências que apresentam. Você se mantém zeloso no que diz respeito à violência que seus filhos podem vir a sofrer, providenciando transporte seguro, acompanhantes, orientações. São seus filhos. Seus tesouros.

Enquanto seus filhos crescem em intelecto e moralidade, aqueles outros, os meninos de rua prosseguem na aprendizagem das ruas, maltratados e carentes. À semelhança dos seus filhos, eles crescerão, compondo a sociedade do amanhã. A menos que pereçam antes, vítimas da fome, das doenças e do descaso. Cruzarão seus dias com o de seus rebentos e, por não terem recebido o verniz da educação, as lições da moral e o tesouro do ensino, poderão ser seus agressores, procurando tirar pela força o que acreditam ser seu por direito. Você se esmera na educação dos seus e acredita ser o suficiente para melhorar o panorama do mundo.

No entanto, não basta. É imprescindível que nos preocupemos com esses outros meninos, rotos e maus cheirosos que enchem as ruas de tristeza. Com essas crianças que tem apagada, em pleno vigor, sua infância, abafada por trabalhos exaustivos, além de suas forças. Crianças com chupeta na boca utilizando martelos para quebrar pedras, acocorados por horas, em incômoda posição. Crianças que deveriam estar nos bancos da escola, nos parques de diversão e, no entanto, se encontram obrigados a rudes tarefas, por horas sem fim que se somam e eternizam em dias.

Poderiam ser os nossos filhos a lhes tomar o lugar, se a morte nos tivesse arrebatado a vida física e não houvesse quem os abrigasse. Filhos de Deus aguardam de nós amparo e proteção. Poderão se tornar homens de bem, tanto quanto desejamos que os nossos filhos se tornem. Poderão ser homens e mulheres produtivos e dignos, ofertando à sociedade o que de melhor possuem, se receberem orientação. Por hora são simplesmente crianças. Amanhã, serão os homens bons ou maus, educados ou agressivos, destruidores ou mensageiros da paz, da harmonia, do bem.

Você sabia? Que é dever de todos nós amparar o coração infantil, em todas as direções? E que orientar a infância, colaborando na recuperação de crianças desajustadas, é medida salutar para a edificação do futuro melhor? Sem boa semente, não há boa colheita. Enfim: educar os pequeninos é sublimar a humanidade.

O GOSTO POR APRENDER E ENSINAR

                                                                                                    Os trabalhos apresentados na obra O gost...