quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

LIXO ELETRÔNICO E QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



Produção de áudio visual com
base no estudo:
Políticas ambientais
O mundo contemporâneo e a
questão ambiental
O desenvolvimento sustentável
EEB CARLOS FRIES
Turma: 1ª I
Alunos: Alex, Maicon, Marcos
e Willian.
´Pesquisa e produção de
imagens: Willian

QUARTA REVOLUÇÃO LIXO ELETRÔNICO 1ªII



Produção de áudio visual com
base no estudo:
Políticas ambientais
O mundo contemporâneo e a
questão ambiental
O desenvolvimento sustentável
EEB CARLOS FRIES
Turma: 1ª II
Alunos: Carlos, Gabriel,
Pedro e Silvio.
Produção de imagens: Carlos
Voz: Pedro

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

A 4ª revolução industrial e o lixo eletrônico.


                Dando sequência a reflexão da edição anterior, entro agora na questão. Quais são os perigos do cibermodelo? O cibermodelo está relacionado à Cibernética que é o estudo interdisciplinar da estrutura dos sistemas reguladores, desde suas origens e na sua evolução na segunda metade do século XX, a Cibernética igualmente aplicável aos sistemas físicos e sociais. Daí pode se entender por que nem todos veem o futuro com otimismo e as preocupações de muitos empresários com o "darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver.
         O que mais preocupa e na questão da desigualdade é a dos valores, pois no jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre haverá perdedores. “Há um risco real de que a elite tecnocrática veja todos as mudanças que vêm como uma justificativa de seus valores", disse à BBC Elizabeth Garbee, pesquisadora da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU). A pesquisadora alerta que essa ideologia “limita muito as perspectivas que são trazidas à mesa na hora de tomar decisões (políticas), o que por sua vez aumenta a desigualdade que vemos no mundo hoje". Outro pesquisador, Ritter, considera que manter o status quo não é uma opção, precisamos de um debate fundamental sobre a forma e os objetivos desta nova economia e que deve haver um "debate democrático" em relação às mudanças tecnológicas.
Outros consideram que não se trata de uma quarta revolução, pois mesmo que haja muitas mudanças profundas ainda é muito recente, o conceito foi usado pela primeira vez em 1940 em um documento de uma revista de Harvard intitulado A Última Oportunidade dos Estados Unidos, que trazia um futuro sombrio para avanço da tecnologia e seu uso representa uma "preguiça intelectual", diz Garbee.
Ainda tem aqueles mais pragmáticos, que alertam sobre o aumento da desigualdade na distribuição de renda e trará consigo todo tipo de dilemas de segurança geopolítica. O mesmo Fórum Econômico Mundial reconhece que "os benefícios da abertura estão em risco" por causa de medidas protecionistas, especialmente barreiras não tarifárias do comércio mundial que foram exacerbadas desde a crise financeira de 2007: um desafio que a quarta revolução deverá enfrentar se quiser entregar o que promete.
"O entusiasmo não é infundado, essas tecnologias representam avanços assombrosos. Mas o entusiasmo não é desculpa para a ingenuidade e a história está infestada de exemplos de como a tecnologia passa por cima dos marcos sociais, éticos e políticos que precisamos para fazer bom uso dela", diz Garbee.
Partindo desse alerta, do avanço assombroso das tecnologias entramos no debate sobre a produção do lixo eletrônico. Como equacionar a produção exacerbada de produtos eletrônicos, o descarte e a reciclagem? Como equacionar a questão do lixo eletrônico com o meio ambiente? Precisamos conscientizar. Precisamos achar formas de preservar nosso meio de contaminações desnecessárias e prejudiciais à vida.
O lixo eletrônico (e-lixo) ou tecnológico, como o próprio nome indica, é aquele proveniente de materiais eletrônicos. Ele também é conhecido pela sigla RAEE (Resíduos de Aparelhos Eletroeletrônicos). Com o avanço da tecnologia no mundo moderno, há um excesso de lixo eletrônico os quais podem causar diversos impactos negativos no meio ambiente. O lixo eletrônico é produzido por materiais de origem inorgânica, por exemplo, cobre, alumínio, metais pesados (mercúrio, cádmio, berílio e chumbo). Eles podem comprometer o meio ambiente visto que são compostos por elementos muito poluentes os quais são absorvidos pelo solo e pelos lençóis freáticos comprometendo o equilíbrio ecológico. Além de poluir o ambiente, o contato com esses produtos pode acarretar em diversas doenças para os animais e os seres humanos.
Como proceder na reciclagem do lixo eletrônico? Estatísticas apontam que cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos anualmente em todo o mundo, sendo que 10 milhões são reciclados na China. No entanto, vale notar que esse processo pode ser realizado pela exploração de pessoas, até mesmo de crianças e idosos. Um exemplo notório dessa exploração bem como do excesso de lixo eletrônico produzido no mundo é a cidade de Guiyu, na China, donde milhares de pessoas trabalham separando esses resíduos.
        Esse processo pode ser altamente perigoso para os seres humanos que o realizam visto os elementos presentes nesse tipo de lixo, ou seja, metais pesados e radioativos. Estudos apontam que o solo e os cursos de água da região já estão contaminados pelos produtos eletrônicos. Com o aumento da globalização e da tecnologia, novos aparelhos eletrônicos são lançados em curto espaço de tempo, o que leva as pessoas a trocarem seus aparelhos mesmo que ainda estejam funcionando.
FONTE de pesquisa e reflexão: https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309, https://www.todamateria.com.br/lixo-eletronico/



terça-feira, 13 de novembro de 2018

Como a 4ª revolução industrial pode afetar nossas vidas?

Resultado de imagem para quarta revolução industrial
Olhe ao seu entorno. O que pode ser observado em todo lugar? Está havendo uma transformação radical os robôs integrados em sistemas ciberfísicos são os responsáveis. Estudiosos, intelectuais, pesquisadores, cientistas e os economistas já denominaram de quarta revolução industrial. É um período marcado pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas que mudará o mundo como o conhecemos. Isso já é perceptível pois tudo está acontecendo velozmente e em grande escala.
É a tecnologia revolucionando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.  Conforme diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado no ano de 2016, “em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes".
Para os cidadãos comuns a engenharia genética e a neuroteconologia são duas áreas muito distantes. E são essas áreas que causarão um impacto maior no modo como somos e nos relacionamos, afetando o futuro do mercado de trabalho, bem como as desigualdades sociais e econômicas. As consequências serão sentidas também na segurança geopolítica e em tudo o que é considerado ético. Se trata de revolução, de mudança de paradigma. Não é apenas uma etapa do desenvolvimento tecnológico. "A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)", diz Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial e um dos principais entusiastas da "revolução".
Agora, a quarta mudança traz consigo uma tendência à automatização total das fábricas que ocorrem por meio de sistemas ciberfísicos, possíveis graças à internet das coisas e à computação na nuvem. São sistemas ciberfísicos, que combinam máquinas com processos digitais, capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar - entre eles e com humanos - mediante a internet das coisas. Os teóricos afirmam que é uma fábrica verdadeiramente inteligente, com o princípio básico de criar redes inteligentes que poderão controlar a si mesmas. Alguns mais entusiastas remetem à Revolução 4.0, as nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D. Grandes descobertas que podem acabar com cinco milhões de vagas de trabalho nos 15 países mais industrializados do mundo.
Surge então o questionamento: a revolução é para quem? As mudanças acontecerão com mais rapidez nos países mais desenvolvidos, porém os especialistas destacam que as economias emergentes são as que mais podem se beneficiar. Schwab diz que a quarta revolução tem o potencial de elevar os níveis globais de rendimento e melhorar a qualidade de vida de populações inteiras. São as mesmas populações que se beneficiaram com a chegada do mundo digital - e a possibilidade de fazer pagamentos, escutar e pedir um táxi a partir de um celular antigo e barato.
Obviamente, o processo de transformação só beneficiará quem for capaz de inovar e se adaptar. "O futuro do emprego será feito por vagas que não existem, em indústrias que usam tecnologias novas, em condições planetárias que nenhum ser humano já experimentou", diz David Ritter, CEO do Greenpeace Austrália/Pacífico em uma coluna sobre a quarta revolução industrial para o jornal britânico The Guardian.
O que pensar? Como agir diante deste desafio de grande magnitude? Há um certo número de entusiastas. Uma pesquisa aponta que 70% de empresários têm expectativas positivas sobre a quarta revolução industrial. Ao menos esse é o resultado do último Barômetro Global de Inovação, uma pesquisa que compila opiniões de mais de 4.000 líderes e pessoas interessadas nas transformações em 23 países. 
Se há ainda assim, uma distribuição regional desigual onde os mercados emergentes da Ásia são os que estão adotando as transformações de uma forma mais intensa que os de economias mais desenvolvidas, nem todos veem o futuro com otimismo: as pesquisas refletem as preocupações de empresários com o "darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver. E se isso acontece a toda velocidade, como dizem os entusiastas da quarta revolução, o efeito pode ser mais devastador que aquele gerado pela terceira revolução.
FONTE de pesquisa e reflexão: https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309, https://www.todamateria.com.br/lixo-eletronico/


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Os governantes foram eleitos, e agora? O que é Democracia?


Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal. É um regime de governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, que elegem seus representantes por meio do voto. É um regime de governo que pode existir no sistema presidencialista, onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista, onde existe o presidente eleito pelo povo e o primeiro ministro que toma as principais decisões políticas. (https://www.significados.com.br)



Nós professores das ciências humanas que defendemos o conhecimento e o acesso pleno e universal a todos, procuramos entender, exercer e apreciar todas as formas que oportunizam o exercício da cidadania no regime democrático no qual vivemos em nosso país. Nestes últimos meses percebemos a participação da população ativamente. Uns defendendo seus pontos de vista com mais intensidade que os outros, porém de alguma maneira a maioria esteve envolvida no processo de escolha dos nossos representantes.
Eu particularmente, vibrava com alegria diante de tantas manifestações populares em defesa dos direitos sociais das minorias, das ideologias, do coletivo e das massas, manifestando de todas as formas a expressão de sentimentos individuais. Isso é democracia. E que assim seja. Os governantes foram eleitos pela maioria dos votos contados. Para que continuemos aprendendo a viver democraticamente o segundo momento é o RESPEITO por este resultado.
Respeitar o resultado e continuar exercendo o papel cidadão. A mobilização por um Brasil melhor, por um Estado melhor precisa continuar. A contribuição de cada e um e de todos é no sentido de olhar para os poderes constituídos com confiança de que podem fazer o melhor. E neste olhar confiante fiscalizar e cobrar ações que possam destituir todas as falcatruas e descaminhos do dinheiro público. O maior problema a ser atacado é a corrupção. A velha política precisa ser suplantada e só homens de coragem são capazes de combater. 
Todas aquelas pessoas que acreditaram na possível mudança escolhendo os novos representantes, precisam no mínimo decidirem por serem melhores e agir em conformidade com suas manifestações de desconforto diante da má administração da máquina pública. Os que foram eleitos precisam ter pulso firme e combater o que não é benéfico para a sociedade.
Sendo servidora pública só espero o melhor e me proponho a continuar contribuindo. Nos quase 14 anos compondo o quadro do magistério de SC me orgulho de SERVIR com honestidade, com dedicação e sempre buscando aperfeiçoamento e qualificação, pois é nisso que acredito. Estamos vivendo a quarta revolução industrial, as informações são rápidas, tudo pode ser descoberto, tudo está interconectado. Então é melhor fazer a coisa certa. Que todos tenham essa consciência.

  

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Futuro governador, quais são as estratégias para a educação do nosso Estado?


Sendo professora na rede pública estadual a minha intenção com essa reflexão é que os leitores possam ter noção do que ocorre neste setor, bem como tornar público algumas questões para o futuro governador de Santa Catarina, e toda sua equipe de gestão. Imagino que a equipe gestora dos últimos anos da administração do nosso Estado, plantou algumas sementes procurando melhorar a educação, priorizando a qualidade em discursos propagados ao longo de tantos anos. São muitas vias desconexas. Será que aconteceu a efetiva qualificação de professores e alunos da rede pública?
O que aconteceu a partir da LEI COMPLEMENTAR Nº 668, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2015 que dispõe sobre o Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual, instituído pela Lei Complementar nº 1.139, de 1992? Por exemplo, no que se refere a ascensão funcional, (passagem do titular de cargo efetivo integrante do Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual, estável, de um nível de habilitação para outro superior). Em seu Art. 10, diz no § 2º que ocorrida a ascensão funcional, o titular de cargo efetivo integrante do Quadro de Pessoal do Magistério Público Estadual será transferido para o novo nível, em referência de vencimento imediatamente superior.
 Como interpretar esse texto? Qual é o resultado do texto deste parágrafo? O resultado significou um aumento de R$70,00 reais para aqueles professores que se dedicaram a um curso de mestrado de no mínimo dois anos. Alguém acredita que esse aumento é motivador? Será que os professores da rede que possuem carga horária de 40h e complementam sua carga horária na rede municipal ou na rede privada, possuem algum incentivo para continuar se aperfeiçoando?  
Eu cursei mestrado em educação e pensei que melhoraria a minha situação financeira... qual nada. O aumento que recebi foi de R$35,00, pois a minha carga horária estava reduzida de 40h para 20h. Que bacana né! Sob o meu ponto de vista, a partir de 2015 com a Lei 668, ao mesmo tempo que, os discursos dos gestores sinalizavam para uma formação continuada para os professores, retiraram dos mesmos a motivação, originando com isso, paralisação no quadro de professores. Por isso tantas críticas aos gestores que propagam educação de qualidade e criam leis que vão na contramão.
Desde 2015, as normativas que se seguiram obrigam professores a completar sua carga horária em outras escolas, muitas em outras cidades, distantes daquela que é lotado (a). Aqueles professores que não se submetem às regras, sua carga horária seria reduzida. Isso foi o que aconteceu comigo. Sabem por que eu não aceitei correr de uma escola para outra? Por que eu sempre prezei por educação de qualidade, professor com carga horária de 60h não tem condições de se dedicar a um planejamento adequado, não tem tempo de se dedicar a pesquisa, criar novas formas de ensinar, buscar outros materiais e muito menos tem condições de dar conta de tantos processos administrativos cobrados.
Pensei que depois de terminar o curso, com a quantidade de vagas sobrando na rede, pois faltam professores em todas as disciplinas e em todas as áreas, haveria possibilidade de aumentar a minha carga horária novamente. Mas... de novo não havia a quantidade de aulas de geografia suficientes para compor as 40h e nem outras disciplinas da área disponíveis na escola onde sou lotada. Mesmo tendo mestrado em educação, preferiram dar as aulas da minha área de ensino para outros professores Daí eu pergunto? De que maneira um professor que busca aperfeiçoamento, estuda, pesquisa e desenvolve uma dissertação de mais de 150 páginas pode se sentir valorizado no quadro do magistério? Bem, nem tudo é demasiado desolador (risos) o prêmio de consolo foi o aumento da carga horária de 20h para 30h.
Eu não sei qual será a estratégia do novo governo para o setor educacional. No entanto, não adianta construir megaestruturas físicas em todo Estado, tendo tanto espaço e tão poucos alunos. Não adianta ter escolas próximas oferecendo um currículo igual, contratando ACTs e professores que correm de uma cidade para outra para cumprir uma lei, mas que desqualificam a educação para os alunos, uma vez que estão estressados, cansados, e cheios de formulários para preencher e atividades extracurricular para cumprir.
A sociedade precisa saber e valorizar muito mais os professores. Tem muito professor competente e dedicado que não é valorizado e se sente afrontado em sua dignidade pela baixa remuneração e por tantos descaminhos burocráticos dos que exercem funções em cargos comissionados. Esses tantos, com o mesmo cargo de professor, possuem salários 3 vezes maior daqueles que estão efetivamente fazendo a diferença nas salas de aula. E ainda se acham na condição de dizer que a culpa é do professor.
PROFESSORES DE TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO, PARABÉNS PELO SEU DIA! Que saibamos nos valorizar e elevar nossa autoestima curando nossa alma e nos fortalecendo no propósito de aprender e ensinar.

domingo, 30 de setembro de 2018

“Quem quiser nascer tem que destruir um mundo”.

Seguindo na reflexão a partir da obra DEMIAN do cientista, poeta e ensaísta, Hermann Hesse, Filho de um pregador pietista estudou Latim e Teologia no seminário de Maulbrounner, do qual fugiu em 1891. Trabalhou como livreiro e antiquário, dedicando-se exclusivamente a literatura a partir de 1903. Entre seus títulos mais conhecidos estão O lobo da estepe, Demian e Sidarta. Foi laureado como Prêmio Nobel de Literatura em 1946, e morreu no dia 9 de agosto de 1962.
Um dos sentimentos arraigados por crenças adquiridas em nossa sociedade ocidental, cristã e capitalista é o medo subjetivo. Medo de não ser bem-sucedido no amor, medo da rejeição, medo do desemprego, medo do futuro.
Hesse escreveu que na p.54 que “não se deve temer a ninguém. Quando temos medo de alguém é porque demos a esse alguém algum poder sobre nós. Por exemplo: fazer alguma coisa errada e outro saber, este outro passa a ter poder sobre mim. Sentir medo de alguém que provavelmente compartilha algum segredo que lhe pesa gravemente”. Por muito tempo muitos segredos foram escondidos, limitando o acesso às grandes leis universais. Os guardiões dos segredos da humanidade guardaram para si, por que?
Hesse p. 66, se refere aos momentos difíceis dos homens ao avançar a própria vida e o mundo em derredor, sendo que o ponto mais duro, é conquistar o caminho que conduz à frente. São muitos os que unicamente passam na vida por um morrer e renascer que é o nosso destino, quando tudo o que chegamos a amar quer nos abandonar e sentimos de repente em nós a solidão, o frio mortal dos espaços infinitos. E há muitos também que se embaraçam para sempre nessas escolhas e permanecem à vida toda agarrados a um passado sem retorno, ao sonho perdido, o pior e o mais assassino de todos os sonhos. 
“A ave saí do ovo. O ovo é o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo. A ave voa para Deus. E o Deus é abraxas.” (p.112). “Quanto às doutrinas daquelas seitas e comunidades místicas da antiguidade, não devemos supô-las tão simples e ingênuas quanto nos parecem do ponto de vista estritamente nacionalista. A antiguidade não possuía uma ciência em nosso sentido atual, mas por sua vez estruturaria uma profunda elaboração mental de toda uma série de verdades filosóficas e místicas”. (p.118)
“Os segredos foram revelados pois todo o patrimônio humano da humanidade consistia, até agora em ideais extraídos de sonhos da alma inconsciente, de sonhos de que a humanidade seguia tateando os vislumbres de suas possibilidades futuras”. (p.167) “Todos os homens que influíram na marcha da humanidade, todos eles, sem exceção ou diferença, puderam fazer porque estavam prontos para o destino. Ninguém pode escolher a onda a que obedecerá nem o polo pelo qual será atraído. Essas coisas devem ser consideradas sempre do ponto de vista biológico e evolutivo”. (p.169)
E fazendo uma sequência na reflexão, que para minha lógica é coerente quando tratamos do medo, na p.170 o autor destaca: “Você não deve entregar-se a desejos nos quais não acredita. Tem que abandonar esses desejos ou desejá-los de verdade e totalmente. Quando chegar a pedir tudo em si à plena segurança de alcançar seu desejo, a demanda e a satisfação coincidirão no mesmo instante”. E quanto ao amor, não se deve pedir nem exigir, há de ter força em si, de chegar a si mesmo à certeza, e passar a atrair em vez de ser atraído.
“Cada um de nós é um ser total do mundo, e da mesma, forma como o corpo integra toda a trajetória da evolução, levamos em nossa alma tudo o quanto desde o princípio está vivendo na alma dos homens. Todos os Deuses e todos os demônios que já existiram, todos estão conosco, todos estão presentes como possibilidades desejos ou caminhos”. (p.185).
Para compreender o espirito do seu tempo, pode se perceber Hesse no texto da contracapa: “Não creio ser um homem que saiba. Tenho sido sempre um homem que busca, mas já agora não busco mais nas estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que o meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir para si mesmos”.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Quem quiser SER tem que destruir um mundo?


Quem curte ler e escrever adquire alguns hábitos bem interessantes. Um deles é revisitar o que foi lido e o que foi escrito. Hoje revisitei o que li em julho de 2008. A obra DEMIAN do cientista, poeta e ensaísta, Hermann Hesse que nasceu em 02 de julho de 1877 na pequena cidade de Calv, na Alemanha. Ele era filho de um pregador pietista*, estudou Latim e Teologia no seminário de Maulbrounner, do qual fugiu em 1891. Trabalhou como livreiro e antiquário, dedicando-se exclusivamente a literatura a partir de 1903. Entre seus títulos mais conhecidos estão O lobo da estepe, Demian e Sidarta. Foi laureado como Prêmio Nobel de Literatura em 1946, e morreu no dia 9 de agosto de 1962.
Na página 8 me fez refletir: Quem quiser ser tem que destruir um mundo, no sentido de romper com o passado e as tradições já mortas, de desvincular-se do meio excessivamente cômodo e seguro da infância para a consequente dolorosa busca da própria razão de existir: ser é ousar ser. E apresenta em seguida a dualidade entre mundo luminoso – ideal, e mundo sombrio – real. É por onde tem que passar um homem para o encontro ou a edificação de sua personalidade.
E segue na página 16 se referindo a história de cada homem, que é essencial, eterna e divina, e que cada homem se viver em alguma parte e cumprir os ditames da natureza, é algo maravilhoso e digno de toda atenção. Em cada um dos seres humanos o espírito adquiriu forma, em cada um deles a criatura padece em qual é crucificado um redentor. A vida de todo ser humano é um caminho em direção a si mesmo. Essa revisitação vem ao encontro das minhas inquietações de mundo e de vivências, e me mostram a própria essência.
Na página 44. “A maioria das coisas que nos explicam no colégio são, sem dúvida, verdadeiras, mas também podem ser consideradas de um ponto de vista diferente daquele dos professores, e então passam a apresentar quase sempre um significado mais amplo”, como no exemplo a história de Caim, o qual tinha um sinal na fronte. A maneira como nos contaram poderia nunca nos satisfazer.
E o autor segue em sua narrativa “Um homem que desaviesse furiosamente com seu irmão, a ponto de matá-lo, é algo que se ajusta dentro do possível; como também o fato de haver sentido medo em seguida e ser humilhado. Mas que sua covardia seja premiada com uma distinção que o ampara e inspira medo a todos os demais, já é francamente estranho.
Outra explicação para o mesmo fato: O que houve desde o princípio, e constituiu como que o ponto originário da história, foi o sinal. Havia um homem em cujo rosto era visível algo especial, algo que atemorizava os demais. Não se atreviam a tocá-lo e sentiam medo diante dele e de seus filhos. Mas naturalmente o sinal que aquele homem trazia na face não era nada material, não era, por exemplo, como o de um carimbo dos correios, as coisas não costumavam acontecer, na vida de maneira tão rudimentar. Tratava-se possivelmente de algo que talvez sinistro, apenas perceptível, digamos um pouco mais de vivacidade e de audácia no olhar. Aquele homem era poderoso e esparzia inquietude. Tinha um sinal. As pessoas podiam explicar aquilo como quisessem.
E sempre queremos aquilo que nos seja mais cômodo e que nos dê razão. Os filhos de Caim marcados pelo sinal atemorizavam os demais e aquele sinal passou a ser explicado não como a distinção, como realmente era, mas ao contrário. Passaram a dizer que os homens assim marcados eram pessoas suspeitas e ímpias, o que na verdade, ocorria. Pois os homens corajosos, e as pessoas de caráter sempre inquietaram os demais. Tornava-se, portanto, francamente incômoda a existência de uma raça especial de homens sem medo e capazes de infundir medo nos demais, e então lhes atribuíram um apodo e uma lenda amarga para se vingarem daquela raça e justificarem de certo modo os temores sofridos”.
São as mensagens que os livros nos passam que encantam. São as correlações que existem entre o romance e o romancista, e entre o leitor e a leitura de seu mundo, com todas nuances de cores, de sabores e amores. Sigamos refletindo. Até a próxima edição!

*Pietismo é um movimento oriundo do Luteranismo que valoriza as experiências individuais do crente. Tal movimento surgiu no final do século XVII, como oposição à negligência da ortodoxia luterana para com a dimensão pessoal da religião, e teve seu auge entre 1650-1800.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

HO'PONOPONO para encontrar a trilha e corrigir o curso (do rio)

                                         Gostoso ouvir o barulho do rio a serpentear por entre as rochas. (eu poeta, 15/08/2018)

EM BUSCA DA FELICIDADE

Qual é o seu propósito de vida?


Qual é meu propósito de vida? Pergunta que todos deveriam buscar a resposta. A transformação pessoal precisa acontecer para melhor viver consigo mesmo e com as pessoas a nossa volta. Tenho acessado tantas informações que estão abrindo novos caminhos neurais. Ou talvez reencontrando os caminhos que foram interrompidos, ou desviados por motivos necessários ao aprendizado.
Por que escrevo isso? Por que descobri um talento. Por que sempre gostei de ler, e de expressar os sentimentos em palavras escritas. Agora com o poder da comunicação via internet conseguimos estar bem perto das pessoas, que em algum lugar do mundo passaram ou vivenciaram experiências que explicam as minhas. Uma palavra muito utilizada e que pode ser adequada aqui é sincronicidade.
Esta semana dois personagens povoaram minha mente e estiveram fazendo companhia, com suas palestras e ensinamentos. Me fizeram refletir sobre textos/poemas escritos e publicados no livro “Lapidar o ser II – Em nome de todos”, sob o título “Em busca da felicidade”. Neste poema, momento de introspecção e reflexão, fiz um relato sobre a busca da felicidade em coisas e pessoas, e que o cansaço da busca, me fez parar de buscar. Foi então que o milagre aconteceu, e a felicidade invadiu todo meu ser.
            É isso, queridos leitores! É isso que está sendo difundido atualmente por pessoas que tiveram sua trajetória de busca, tanto na ciência quanto na espiritualidade. A partir da leitura do livro “O Universo autoconsciente” de Amit Goswamit, quando ele destaca que “De acordo com a física quântica, mesmo que os dois estejam separados por imensas distâncias, os resultados de observações feitas sobre eles indicam que deve forçosamente haver alguma conexão entre eles que permita que a comunicação se mova mais rápido do que a luz”. p.15, e ao ouvir as palestras de Sri Prem Baba sobre o movimento para que as pessoas encontrem o seu propósito de vida, é que compartilho essas reflexões.
Por acreditar que esse movimento pode transformar as pessoas e o mundo, transcrevi a palestra e os convido para refletir também. Qual é o seu propósito de vida?  E ele fala assim, com voz suave e cheia de amor “O propósito é o amor em movimento. Através das suas ações, dos seus dons e dos seus talentos. O ser humano cumpre seu propósito, quando ele pode se tornar um canal deste amor. Quando pode colocar os seus dons, os seus talentos, sua inteligência, todo seu repertório a serviço do bem comum”.
            “Quem é você por trás do seu nome da sua história? Por trás da sua personalidade? Para que você nasceu aqui neste mundo? O que você veio fazer aqui? Quando você se permite estudar a si mesmo, se voltar para dentro, olhar para si mesmo, a felicidade que você busca está dentro de você. A consciência do propósito está dentro de você. São fragrâncias do eu real que te habita, da sua verdadeira identidade, do ser que te habita.  E você vai chegando aos poucos nesse ser. Na medida em que intencionalmente se move a ele na medida em que intencionalmente você se pergunta: Quem sou”?
            “No início você vai identificar quem não é você e vai deixando cair. Até aquilo que é você, se manifesta. E quando se manifesta, vem com esse sentimento de encaixe, de pertencimento, de satisfação, e da certeza de que você está no lugar certo. Vem com paz, com serenidade. Existência, consciência e bem-aventurança”.
            E a maneira de se chegar a esse propósito ele destaca que: “A fase zero desse processo é o cultivo do silêncio! A fase zero desse processo de autoconhecimento e de desvendamento do amor e da consciência do propósito, é o cultivo do silêncio”! E assim como ele eu convido, “Vamos experenciar”?  (Transcrição da palestra de Sri Prem Baba - Propósito e Felicidade Plena)


sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Lapidar o ser, 20 anos - Releitura

Lapidar o ser, 20 anos - Releitura


Abro o meu livro Lapidar o Ser, publicado em 1998, 20 anos atrás, e o que leio na abertura é o poema que escrevi para agradecer.

Agradecimentos

Este é o meu melhor presente
Recebi de muita gente
Desde o meu primeiro momento
Desde o meu nascimento
E com todo meu carinho
Expresso meu agradecimento
Minha família, obrigado
Meus parentes, obrigado
Meus amigos, obrigado
Meus inimigos, obrigado
E a quem mais me ensinou
E em tudo se confirmou
Seu maior mandamento
Entrego a minha vida
E a minha gratidão em pensamento

“Amai-vos uns aos outros”
Assim como Jesus Cristo nos amou.

Esse é um marco na minha trajetória de vida que me possibilitou muito aprendizado. Hoje diante de tudo o que ainda estou aprendendo, neste vasto campo de informação que é a internet e inserida no campo da ciência e da educação, percebo quão incrível é o autoconhecimento, a conexão espiritual e a sintonia com as leis universais.
Em seguida surgiram muitas pessoas falando sobre o segredo e as leis da atração. Tudo o que li e me aprofundei no estudo trazem em primeiro plano a gratidão, pois é esse sentimento que nos conecta com a energia divina criadora e com tudo a nossa volta que está na mesma sintonia, produzindo uma vibração positiva de saúde, paz, prosperidade e amor.
Outra coisa que aprendi, e que, inconscientemente eu já sabia e externalizava, é que para tornar-se realmente agradecida é preciso perceber, lembrar e declarar/retribuir. Esses são os passos para que a gratidão na sua plenitude seja alcançada, e que nos remete ao sentimento pleno de felicidade.
E quanto aos ensinamentos de Jesus podemos trazer uma passagem bíblica que ilustra o sentimento de gratidão. Aquela que fala sobre a caminhada de Jesus num lugar onde os leprosos viviam isolados, sem fé ou esperança na vida, e ele promove a cura de 10 leprosos. No entanto somente um voltou-se para ele para agradecer e expressar o seu contentamento a quem o curou. E Jesus diz: Somente o agradecido conquistou a cura definitiva, pois se conectou ao criador, por meio da gratidão. Os outros obtiveram a cura do corpo, mas não do espírito, pois não houve mudança de pensamento e comportamento.
Um ponto chave ainda está obscuro para muitas pessoas. Em que momento ocorre a passagem da matéria para o espírito? Cientistas pesquisam constantemente a evolução da matéria e da vida. Os físicos da atualidade provaram que o mundo físico é um grande mar de energia. No mundo da física quântica nada é sólido, e com esse pressuposto lança luz sobre as verdades do nosso mundo desafiando o conhecimento aceito até então.
Tão bom fazer a releitura do que foi escrito a 20 anos atrás e atualizar nossa percepção após tudo o que foi apreendido e também pelo contato com as descobertas no campo da ciência, da informação e da educação. Imensamente agradecida.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

A escola e a era digital: duas vias paralelas na rede pública de educação



Um dia desses, no final de turno, um aluno saindo rapidamente da sala de aula, exclamava “finalmente saindo deste presídio”. Para este aluno a escola e a sala de aula representam uma prisão. Ele não se sente motivado. Estudar o que está proposto no currículo é maçante, as coisas lá fora são bem mais interessantes.
Procuro refletir sobre as práticas da prática educativa junto. No primeiro bimestre deste ano letivo, junto dos alunos, refletimos sobre a era digital, o uso adequando da tecnologia a partir de uns textos para leitura e reflexão sobre A geração digital e o Perfil do Jovem Brasileiro, no tema “ A globalização e a constituição das redes geográficas”.
Quais recursos utilizados pela geração digital? A reflexão apontou que: o celular 99%, para os jovens o celular já faz parte da indumentária, parece uma extensão do corpo físico e não podem sair sem ele. Se ficarem sem o celular, entram em desespero, “ai meu deus parece que está faltando alguma coisa”, “é mais fácil perder o filho do que o celular”.  Utilizam para se comunicarem com os grupos afins: de estudos, de trabalho, de futebol, ou utilizam para acesso a contas bancárias, para compras, pagamento de contas. Já o computador (mais notebook) utilizam para pesquisar conteúdos escolares, acessar vídeos no you tube tanto para os estudos quanto para o lazer (seriados, filmes, documentários).
Outras questões para refletir: A era digital significou um retrocesso na forma de pesquisar? Os estudantes não sabem realizar uma pesquisa? Com a possibilidade de usar as teclas ctrl C e ctrl V os estudantes nem se preocupam em ler o conteúdo? E os estudantes pontuam: Em relação as pesquisas que realizam, primeiro procuram ver se o site é seguro (observam o cadeado na linha de pesquisa); comparam os sites sugeridos pelo google; procuram pesquisar em sites mais usados; os que apresentam menos conteúdo, mais resumido; procuram sites que oferecem linguagem mais compreensível, do nosso nível intelectual. E afirmam:  “Saber a gente sabe pesquisar, não é que não foi ensinado, o problema é a falta de tempo, a preguiça, a pouca vontade, muitas vezes falta foco; e admitem que outras atividades são priorizadas, por exemplo: futebol, trabalhos domésticos, ou na propriedade rural, alguns já possuem trabalho assalariado, e acrescentam que dedicam muito tempo às redes sociais – facebook, instagram, snapchat, whats app, msn, skype, youtube.
Por mais que eu, professora da educação básica desde 2005 na disciplina de geografia, procure diversificar as formas de ensinar, ainda percebo que não é agradável para muitos o ato de aprender. Me questiono e me reinvento diariamente diante de tais argumentos. Percebo-me no campo da educação em constante movimento para acompanhar a evolução da ciência e das novas tecnologias.
Em nosso Estado, Santa Catarina, há um Plano Estadual de Inovação e Tecnologias Educacionais. Importante ferramenta apresentada neste sentido, e de amplo planejamento para o período de 2018 a 2022. São iniciativas para melhorar a qualidade da educação pública catarinense, com investimentos em infraestrutura, construção de novas escolas, reformas e melhorias nas já existentes. Outro objetivo é a qualificação contínua da gestão das unidades estaduais, por meio de medidas como o Plano de Gestão Escolar. Os gestores reconhecem que A área da educação é essencial para desenvolver a sociedade de Santa Catarina plenamente e que é preciso educar para garantir oportunidades iguais e para promover um estado cada vez mais justo e democrático para todos.
Discutem, admitem e discursam, mas assim como aquele jovem se sente em uma prisão, em plena era digital a educação básica representa uma encruzilhada, pois o mundo fora da escola oferece outras possibilidades muito mais atrativas. Como equacionar essas questões na escola pública? E na sala de aula? Ser professor desta geração é um desafio diário. Estamos diante de várias encruzilhadas, e as vias da máquina pública são paralelas, pois do mesmo modo que criam programas e planos de desenvolvimento, por outro lado criam leis que desvirtuam o comportamento dos alunos, a formação e a carreira dos professores.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

HO'PONOPONO PARA O MAR


Ho'ponopono é uma técnica de cura interior que parte da “realidade” individual produzida por nossa mente. Aquilo que você sente, ouve, vê e até as coisas ou pessoas que conhece sofrem influências do seu “eu” interior. Sendo assim, você é responsável pelo que pensa e sente. O principal objetivo do ho’oponopono é buscar a cura de problemas criados por meio do perdão, principalmente, o de si mesmo. Isso é feito com a compreensão de que o que acontece com você não importa, mas o que você fará com aquilo que aconteceu é o que realmente interessa. Se a sua mente e seus pensamentos te causaram problemas, eles também são capazes de resolvê-los.
Como começar 
Para colocar o ho’oponopono em prática, apenas diga (mentalmente ou em voz alta): sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato. É possível que você já comece a experimentar sentimentos de compaixão, novas sensações internas assim que acabar de pronunciar todas as palavras pela primeira vez. Quando a energia que estava bloqueada começa a ser liberada pelas células, também é comum que os praticantes sintam vontade de bocejar ou suspirar.

sábado, 14 de julho de 2018

Sou um ser pensante e curioso por natureza.



Me pego a refletir sobre os caminhos percorridos e tudo o que está por vir, pois a minha curiosidade é infinita. Não consigo ficar na margem olhando as mudanças acontecerem, mesmo tendo por hábito ficar ensimesmada por algum tempo.
Sou curiosa por arte, ciência e espiritualidade. Sou curiosa pelo aparente e pelo oculto. Sou curiosa pelas ciências humanas e pelas ciências místicas. Sou curiosa pelo planeta Terra e pelo Espaço sideral. Sou curiosa por gente e por natureza. Sou apaixonada por poesia e por geografia. Sou apaixonada por mar e por rio. Sou apaixonada por montanhas e planícies. Sou apaixonado pelo sol e pela lua.  Sou apaixonada por poesia e por geografia. Sou apaixonada por escrever e por falar. Sou apaixonada por cantar e por silenciar.  Sou apaixonada por me conhecer e comunicar. O que eu aprendo, aplico e me faz bem, tenho vontade de propagar.
Em setembro de 2017, depois de passar por uma fase de imersão nos estudos do mestrado, algumas reflexões povoaram minha mente. Aquelas reflexões intimistas. Vontades de me expressar em outra linguagem, menos acadêmica.  Em qual caminho em me perdi? Os caminhos que percorri me trouxeram até aqui, e agora? 
Observando e lendo o mundo agora, com minhas lentes aprimoradas, para ver melhor o que está perto, mas também o que possível visualizar ao longe, retrocedo no tempo e busco inspiração nas imagens e nos textos que escrevi a mais ou menos 30 anos atrás, os quais estão colocados no primeiro livro de poemas publicado, “Lapidar o Ser”.
Neste primeiro ensaio de comunicação, em formato de livro, fica evidente os gostos citados no início. A capa da frente do livro tem uma fotografia feita por mim de uma onda quebrando nas rochas, e o texto do final da capa diz o seguinte: Assim como as pedras brutas são lapidadas pelo contato com outras pedras, ou pelo movimento dos ventos e das águas; assim somos nós, quando nos encontramos com nosso eu interior, ou quando pelo convívio com outros seres, podemos lapidar então a pedra bruta que temos dentro da alma, nos impulsionando para o alto. 


Aprenda a me conhecer e me respeitar como pessoa, que passarás a me admirar como mulher. (Lapidar o ser, p.11)


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

De poesia livre à dissertação de mestrado. Superação total. Viva Sou Mestre em Educação.

Investigando o caminho do Eu mestre – Parte 2.

Alegrias, alegrias, alegrias... hoje eu sou mestre. Os desafios foram superados. Hoje posso escrever sem sentir dor. O que aconteceu? Foram os obstáculos que surgiram enquanto professora da educação básica estadual, que participou de um processo seletivo para se afastar das funções laborais e se dedicar aos estudos. Na verdade, ainda não sei como aconteceu. De uma hora para outra o setor responsável pelo recebimento e concessão do afastamento para cursar uma pós-graduação, também responsável pela emissão da portaria que autorizava o afastamento da escola, se deu conta que havia errado em conceder o afastamento.  
Hoje percebo que, aquelas pessoas que trabalhavam no setor, ao se darem conta dos erros cometidos precisavam resolver o problema. Para isso não interessava a forma como ocorreu o fato, mas sim, resolver a situação sem se comprometer. O jeito mais fácil foi colocar a culpa na servidora que foi afastada, com ameaças e sob justificativa de que se não retornasse às atividades funcionais na escola isso poderia ser caracterizado abandono de emprego e por consequência, exoneração do cargo. Alguém imagina o que isso representou para uma pessoa que sempre teve conduta ética?
Foram dias de muito sofrimento. Dor por ter recebido a notícia daquela maneira. Dor por ter que abandonar um projeto de estudos. Dor por ter que voltar para escola desmoralizada. Raiva por ter acreditado nas informações repassadas. Desilusão por estar vivendo uma situação daquelas, por ter acreditado nos discursos inflamados por uma educação de qualidade e igualitária. Percebi que foi tudo ilusão = “erro de percepção ou de entendimento; engano dos sentidos ou da mente; interpretação errônea, confusão de aparência com realidade, confusão de falso com verdadeiro”.
Ao receber a notícia precisei de alguns dias para aceitar e me recompor. Nem conseguia ir para a escola. Sentia dores de cabeça, dores no corpo. Cinco dias depois, enfim consegui sair do estado de dor e comecei a trabalhar. Desde então passei a buscar alternativas. Procurei conversar com pessoas via e-mail para reverter a situação financeira. Além de voltar ao trabalho eu responderia um processo administrativo para devolver o dinheiro que havia recebido nos dois meses e meio que fiquei afastada. Nenhuma proposta foi aceita. Foi então que recebi uma pastinha contendo o tal processo administrativo. Quando li o texto e os valores que iriam me cobrar fiquei mais uma vez indignada. Não assinei. Argumentei que os erros não foram meus, que eu busquei todas as informações e quem emitiu a portaria deveria ter mais motivos para saber dos trâmites legais e assumir o erro.
Outro motivo que me deixou muito triste foi o fato de não receber nenhum afago das pessoas que me conheciam e estiveram trabalhando comigo esses anos todos. Pelo contrário, concordavam com as instâncias superiores dizendo que a culpa era minha. Devolveram aquele processo escrito. Passaram alguns dias recebi um aviso do correio para eu retirar uma correspondência. Para minha surpresa era um comunicado da gerencia de educação sobre a devolução do dinheiro. Que a partir do próximo mês estariam debitando os valores direto no meu contracheque.
As coisas que estavam escritas naquela correspondência, no parecer do advogado, uma folha que foi feito cópia, toda desbotada, serviram de subsídios para muitos e-mails com o assinante daquele processo. Simplesmente desolador saber que num momento como este ninguém se compromete e ninguém assume suas palavras e ações. O desfecho foi deliberado. Diante de tamanha arbitrariedade não tive outra saída.  No mês seguinte começaram os descontos no meu salário. Só poderiam descontar o valor de 10% do meu vencimento. E isso está acontecendo até hoje. Ainda não consegui devolver todo montante aos cofres públicos. O que pensar sobre esse episódio? Uma bofetada na cara. Ainda mais, sendo de conhecimento geral da nação, toda roubalheira e descaminhos do dinheiro público.  
Foram dias de muita tristeza. Foram vários sentimentos ao mesmo tempo. Mas nem por isso desisti. Continuei no meu projeto de estudos. Fiz o processo seletivo para o curso de mestrado, na mesma universidade que cursei um componente curricular isolado. Fui aprovada e consegui uma bolsa de estudos, modalidade taxas. Eu não precisava pagar a mensalidade. Fiquei isenta desta. Em contrapartida precisava disponibilizar 20h, além das aulas presenciais. No primeiro semestre do curso foi tudo lindo. Conseguia conciliar dar aula e assistir às aulas.
A máquina administrativa pública agiu com rapidez e agilidade para cobrar da professora que acreditava na educação. Quem ainda quer ser professor? Essa foi a reflexão que deu origem ao primeiro artigo científico do curso de pós-graduação e que foi apresentado no XII Congresso Nacional de Educação – Educere, com a temática: Formação de professores, complexidade e trabalho docente.  Artigo completo você encontra no link do evento: http://educere.pucpr.br/p1/anais.html?tipo=2&titulo=&edicao=5&autor=RAQUEL+MARMENTINI&area=54

ALEGRIAS... ALEGRIAS... ALEGRIAS... Eu superei todos os obstáculos HOJE EU SOU MESTRE EM EDUCAÇÃO!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Os desafios para chegar no Eu mestre.


Investigando o caminho do Eu mestre – Parte 1.

Um edital no final do ano 2014 motivou o início da trajetória. Mal eu sabia que para chegar no Eu mestre passaria por tantos desafios. Perseguindo um objetivo desde a minha graduação acreditei ser este o momento para galgar mais um degrau na minha vida profissional, por ser servidora pública na rede educacional. O discurso era de incentivo aos professores. Me lancei nesta oportunidade.

Eu procurei fazer tudo certo. Corri atrás das informações necessárias, preenchi todos os formulários sozinha, pois queriam que os documentos estivessem no departamento até o dia 15 de janeiro, período que todos os outros setores das gerencias e escolas se encontravam fechados com os servidores em férias. Ou seja, quem supostamente deveria preencher e dar os devidos encaminhamentos estavam fora dos seus postos de trabalho. A única pessoa que estava na escola disse não saber como preencher e me enviou por e-mail os formulários em branco, os quais foram preenchidos por mim e enviados pelo correio.

Lembro-me perfeitamente de tudo o que aconteceu e tenho arquivado todos os e-mails que mandei e que recebi referente a esse episódio. A pessoa ou as pessoas que receberam os documentos deveriam ter conferido, deveriam ter feito contato para me dizer que as datas não estavam corretas, que o fato de eu cursar uma disciplina isolada, ou como aluna especial não me dava o direito de me afastar da escola para estudar. Porém não foi isso que fizeram. Ao contrário, confirmaram o recebimento dos documentos e avisaram que a portaria de afastamento sairia logo no início do mês de fevereiro e que eu nem precisava iniciar as atividades daquele ano letivo (2015).

Eu acreditei que o departamento responsável sabia dos procedimentos corretos pois avisaram a gerencia e a escola da portaria que eu estava afastada. Eu já havia informado por e-mail à pessoa responsável do departamento, que eu ainda não estava no curso de mestrado, pois os processos seletivos nas universidades geralmente eram abertos no primeiro semestre do ano para iniciar no segundo semestre. A resposta que recebi da pessoa, que está registrado na minha caixa de e-mails, era de que eu não precisava estar cursando o mestrado para participar do processo de seleção para o afastamento.  

Continuei com os meus contatos com as universidades para iniciar os estudos, pois eu sabia que as aulas da pós-graduação iniciariam somente em março. A primeira universidade que eu contatei e que sinalizaram a possibilidade de eu frequentar um componente curricular não deu certo. Infelizmente, pois se tratava de uma Universidade Federal, gratuita, que oferecia Mestrado em Educação, a mais próxima que me possibilitaria melhores condições de deslocamento. 

A segunda universidade que contatei me possibilitou o acesso a um componente curricular oferecido no primeiro semestre a partir do mês de março. Sendo uma instituição comunitária, precisei pagar para cursar esta disciplina isolada.  Fiquei afastada da escola durante dois meses e meio, cursando um componente curricular do mestrado em educação na segunda opção, uma universidade também perto da cidade onde eu morava e trabalhava. Mais facilidade de acesso.

O pensamento era de que tudo estaria acontecendo dentro dos trâmites legais. Busquei informações no departamento responsável pelo afastamento para estudo em pós-graduação. Enviei e-mail, solicitei informação e agi conforme as informações que me repassaram, assim como também me preocupei em repassar todas as informações sobre a minha situação de solicitante. As informações vieram truncadas, a pressa da pessoa do departamento em emitir a portaria de afastamento me causaram muitos prejuízos.

Além dos prejuízos financeiros, causaram também prejuízos morais, pois conforme o desfecho era como se eu estivesse agindo de má fé. Quando enviei o comprovante de matrícula do componente curricular, a responsável pelo departamento me ligou, e de modo nada adequado para uma servidora pública, mandou que eu retornasse imediatamente para a escola, por que eu não poderia estar afastada das minhas funções, uma vez que não tinha enviado o comprovante de matrícula do curso de mestrado.

Eu sabia exatamente qual era o meu propósito. Eu só queria ter tempo disponível para estudar e realizar o meu objetivo. Quando me deram a notícia de que eu não estava dentro da lei, e que a portaria do meu afastamento das atividades laborais seria interrompida, fiquei muito desapontada. Não acreditava no que estava acontecendo.

Foi só então que soube dos erros cometidos. Eu me preocupei em perguntar e me informar sobre o que fazer e como fazer. Revendo a escrita do edital, as informações recebidas por e-mail, e a portaria emitida baseada em formulários mal preenchidos, percebi que tudo estava errado.  Esses erros não foram meus. Estou tranquila quanto a isso. Eu sendo a parte menor de toda a estrutura administrativa fui lesada pelos erros cometidos nas instâncias mais elevadas, e que, obrigatoriamente, deveriam saber mais sobre as leis que regulamentam as ações, assim como deveriam ser servidores públicos no melhor sentido que é servir com ética e honestidade.



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Especialização em mídias na educação para ensinar geografia.


Este texto tem como base os estudos realizados no Programa de formação continuada em mídias na educação. O programa é uma parceria firmada entre a Secretaria de Educação a Distância – SEED/MEC e Universidade Federal do Rio Grande, através da utilização do seu Portal Educacional E-PROINFO. O resultado dos estudos aponta a relação existente entre a utilização das mídias e o ensino da geografia, para uma prática efetiva na sala de aula, aplicada aos diferentes graus do ensino, fundamental e médio.
Ensinar geografia demanda a utilização das mídias educacionais, com a adoção de outras metodologias de ensino e aprendizagem. É um ponto afirmativo em projetos de estudo, que contemplem as mídias que se integrem à prática pedagógica. Para isso é fundamental que o professor tenha conhecimento das tecnologias disponíveis e de suas potencialidades como instrumento didático. 
O foco central da pesquisa está no uso das diversas mídias (rádio, televisão, material impresso, sítios web), para clarear e dar um rumo alternativo, junto aos sujeitos do ensino e aprendizagem da Geografia, neste tempo em que as tecnologias de comunicação e informação evoluem diariamente.
A Geografia aliada às mídias é ainda um desafio para o professor do ensino público, mas deve ser superado para contribuir na aprendizagem integral em conexão com o mundo globalizado atual, tornando assim, as aulas mais dinâmicas e agradáveis, possibilitando todas as formas de conhecimento na prática pedagógica. É também um desafio por que no período atual de expansão da Internet, inovar representa um risco inevitável, que profissionais e instituições precisam enfrentar. A internet representa uma inovação que influencia e condiciona o permanente processo de atualização. Nesse caso, o professor deverá sentir-se seguro para relacionar o conteúdo trabalhado, com as mídias e os recursos tecnológicos disponíveis.
É importante destacar que a utilização do potencial tecnológico, no ensino da geografia, esbarra na dificuldade de aprender o como fazer, e no esforço necessário de melhorar a infra-estrutura local. Eis a questão: o que fazer para inserir professores e alunos nesta dinâmica de mundo; principalmente àqueles que resistem ao uso do computador? E quando as escolas não oferecem infra-estrutura necessária para ingressar na sociedade da Informação?
 Um sujeito alfabetizado é aquele que sabe ler o que está escrito e o que está implícito, utilizando as informações para a sua vida. O aluno do futuro pode se tornar um analfabeto funcional se não souber ler, as imagens e, as informações que circulam nos meios de comunicação. Então o presente trabalho é uma proposta aos professores de Geografia para que reflitam sobre a importância e o potencial da utilização das mídias no processo de construção de projetos didático-pedagógicos.
As mídias podem ser utilizadas de forma integrada (rádio, televisão, impresso, sítios web), e a formulação destes projetos, de ensino-aprendizagem, devem estar voltados para o desenvolvimento de competências e habilidades, tornando as aulas de Geografia mais dinâmicas e agradáveis, com as quais os alunos do ensino público, se sentirão instigados, curiosos e capazes de ler e entender o atual mundo globalizado.

Neste link é possível acessar ao trabalho de conclusão de curso. DO GIZ AO NOTE BOOK GEOGRAFIA ALIADA ÀS MÍDIAS: UM DESAFIO PARA O PROFESSOR DO ENSINO PÚBLICO.
http://nead.riogrande.ifrs.edu.br/midias/Ciclo%20Avancado%20-%20(2009-2010)/POLO%20CHAPECO/Raquel%20Marmentini.PDF


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sigo investigando o universo “eu” e os multiversos “eus”.


Sou professora de geografia desde 2005. Antes disso trabalhei em outras atividades. Desde o primeiro emprego, como digitadora em uma empresa de processamento de dados, foram várias outras experiências em corretora de valores, banco comercial, empresas de publicidade, de turismo, de confecções, de cosméticos, tanto na parte comercial e quanto na administrativa. Sempre buscando aliar o trabalho aos cursos de formação pelos quais passei. Iniciei curso de administração de empresas. Mudei de cidade, mudei de curso. Iniciei outro curso: Turismo e Hotelaria. Consegui aproveitar os estudos do curso anterior.
Estou revivendo as memórias da década de 1990, período de muitas mudanças na economia do país. Hoje consigo entender melhor esse período e as situações vividas por mim e por tantos outros. Foi uma década que desestabilizou uma grande parte da população brasileira. Muitas empresas no intuito de reduzir despesas optaram por demissões em massa. E os que tentaram se tornar pequenos empreendedores levaram a pior quando os bancos cancelaram todas linhas de crédito. Entre tantos altos e baixos aqueles que antes tinham oportunidades de trabalho ao sair de uma empresa, neste momento foi se afunilando e a exigência cada vez era maior. Já não haviam mais oportunidades para pessoas sem formação superior.
Foi então que surgiu a decisão de voltar para a universidade e a opção pelo curso de geografia. Essa decisão aconteceu após um curso técnico de guia de turismo, num encontro apaixonante com um livro didático de geografia do ensino fundamental. Quando me deparei com todos os conteúdos que a geografia estaria abordando na escola fez brilhar o meu olho. Em uma reflexão entre eu mudar de cidade novamente e concluir o curso de Turismo e Hotelaria e o curso de geografia oferecido na universidade da cidade onde eu residia, optei por permanecer na cidade e cursar geografia, que neste período, início dos anos 2000 oferecia uma grade curricular com ênfase em turismo. Fechou. Consegui aproveitar vários componentes curriculares e conclui o curso em menos tempo.
E deu super certo. Este tempo que ganhei me deu oportunidade de fazer o concurso para professora da rede pública estadual de Santa Catarina. Passei no concurso e estou na mesma escola ensinando e aprendendo conteúdos da geografia, da sociologia, e do universo da educação escolar. Muitos desafios. Muitas alegrias. Muitas realizações. Sou encantada por ser professora de geografia. Sou uma buscadora curiosa pela ciência. Os estudantes me motivam a seguir nesta busca. O mundo segue sua evolução. Os mapas da antiguidade são desenhos abstratos comparando-os com toda tecnologia atual.
O movimento de um observador consciente se expande cada vez mais para fora do planeta. Olhar-se de fora, perceber a trajetória cíclica, impulsiona o pensamento para o alto, e novos questionamentos provocam a curiosidade. Professora de geografia que aprendeu sobre as teorias que explicam o surgimento do Planeta Terra, o tempo geológico, o surgimento do homem e o tempo histórico, as relações entre as civilizações, todos estudos e descobertas relatadas pelos cientistas, astrônomos, matemáticos, físicos, filósofos, historiadores, geógrafos... tudo é muito grandioso. Seguir toda evolução vai além da capacidade racional.  
Diante disso minha curiosidade também se expande. A física quântica está trazendo outras teorias que colocam num degrau abaixo tudo o que já se confirmou sobre o que aprendemos. O questionamento agora é: Você já pensou que nosso universo pode ser apenas uma pequena parte de um enorme multiverso? Eu que preferia histórias da vida real, essa provocação me leva para a ideia de uma série de ficção científica de gosto duvidoso. Mas não é não. O livro Ponto de mutação, de Fritjof Capra, foi o primeiro que li sobre essa mudança de paradigma. E na verdade é uma teoria científica que está ganhando cada vez mais força.
Atualmente, por intermédio da internet temos acesso aos novos físicos teóricos que, baseados na física quântica e em outros princípios como a teoria das cordas, propõe novos olhares para o universo. Eles acham que há vários universos desconectados, chamados de bolhas, os quais formam um todo, denominado de multiverso. Essa situação e a quantidade de energia escura que o nosso universo tem, torna a teoria dos multiversos mais provável. Se a teoria do multiverso for real essa quantidade de energia não só se torna explicável como é inevitável.
Ou seja, se a teoria do multiverso prega que o universo em que vivemos não é o único que existe, e tudo o que existe no planeta Terra está em sincronia, o universo “eu” pode ser apenar um entre um número infinito de universos que compõe o multiverso “eus”? Sigo investigando, registrando e os convido a fazer o mesmo. Vamos expandir a consciência? Até imagino que você esteja duvidando da minha lucidez, mas embora a ideia realmente pareça algo saído da mais barata ficção científica, há uma física bastante razoável por trás dela. 

sábado, 13 de janeiro de 2018

Infinitas possibilidades...são muitos os caminhos a percorrer.

Alegrias, alegrias, alegrias... são muitos os caminhos a percorrer! São infinitas possibilidades de descobertas, de encontro de eus e de multidiversidade em todos sentidos de uma vida consciente, e de uma consciência desperta. Estamos entrando em um novo ciclo – início de um novo ano no ocidente, início de uma nova era, e em momento de transição planetária.  Individualmente, o ciclo se renova, novas ideias, novos insights que podem ser compartilhados a partir de um talento único: escrever, poetizar, comunicar.
Um novo ciclo se inicia também junto aos apreciadores dos meios de comunicação virtuais que me identifico imensamente. O propósito deste espaço é refletir sobre os mais variados temas que me instigam e me permitem outros olhares. Um convite a novas reflexões e interação com os leitores que se sentirem tocados e se propuserem a remexer inquietações, superar limitações e se voltarem para dentro de si mesmos.
Infinitas possibilidades amplia o espectro a ser abordado e me oferece um grande leque de oportunidades. Desde uma incursão pela área literária com poesias, que afloram a sensibilidade da observância interior e exterior, bem como aos assuntos relacionados à área educacional, uma vez que sou professora de geografia na educação básica da rede estadual de Santa Catarina, com mestrado em educação.  
Além destas áreas, outras ainda me sugerem temas interessantes de serem tratados em algum momento de inspiração ou de fatos sociais que permitam alguma intervenção reflexiva e que possa contribuir de alguma maneira com outras pessoas.
Para finalizar, sou imensamente grata ao tempo vivido, às experiências sentidas e ao universo que se descortina em consciência desperta. Deixo aqui o convite ao leitor: Se se sentir provocado e instigado a contribuir com novas reflexões, seja concordando ou discordando do assunto em questão, sinta-se à vontade para interagir e emitir sua opinião, desde que de forma educada e sem ofensa pessoal. Afinal estamos no mundo da informação e das ideias e para evoluir precisamos olhar, antes de mais nada para dentro de nós mesmos. Nada melhor do que uma reflexão consciente, depois de uma prática de respiração para centrar no pensamento no que temos de positivo como seres humanos.

Alegrias, alegrias, alegrias!!!!!

O GOSTO POR APRENDER E ENSINAR

                                                                                                    Os trabalhos apresentados na obra O gost...