quinta-feira, 22 de novembro de 2018

A 4ª revolução industrial e o lixo eletrônico.


                Dando sequência a reflexão da edição anterior, entro agora na questão. Quais são os perigos do cibermodelo? O cibermodelo está relacionado à Cibernética que é o estudo interdisciplinar da estrutura dos sistemas reguladores, desde suas origens e na sua evolução na segunda metade do século XX, a Cibernética igualmente aplicável aos sistemas físicos e sociais. Daí pode se entender por que nem todos veem o futuro com otimismo e as preocupações de muitos empresários com o "darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver.
         O que mais preocupa e na questão da desigualdade é a dos valores, pois no jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre haverá perdedores. “Há um risco real de que a elite tecnocrática veja todos as mudanças que vêm como uma justificativa de seus valores", disse à BBC Elizabeth Garbee, pesquisadora da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU). A pesquisadora alerta que essa ideologia “limita muito as perspectivas que são trazidas à mesa na hora de tomar decisões (políticas), o que por sua vez aumenta a desigualdade que vemos no mundo hoje". Outro pesquisador, Ritter, considera que manter o status quo não é uma opção, precisamos de um debate fundamental sobre a forma e os objetivos desta nova economia e que deve haver um "debate democrático" em relação às mudanças tecnológicas.
Outros consideram que não se trata de uma quarta revolução, pois mesmo que haja muitas mudanças profundas ainda é muito recente, o conceito foi usado pela primeira vez em 1940 em um documento de uma revista de Harvard intitulado A Última Oportunidade dos Estados Unidos, que trazia um futuro sombrio para avanço da tecnologia e seu uso representa uma "preguiça intelectual", diz Garbee.
Ainda tem aqueles mais pragmáticos, que alertam sobre o aumento da desigualdade na distribuição de renda e trará consigo todo tipo de dilemas de segurança geopolítica. O mesmo Fórum Econômico Mundial reconhece que "os benefícios da abertura estão em risco" por causa de medidas protecionistas, especialmente barreiras não tarifárias do comércio mundial que foram exacerbadas desde a crise financeira de 2007: um desafio que a quarta revolução deverá enfrentar se quiser entregar o que promete.
"O entusiasmo não é infundado, essas tecnologias representam avanços assombrosos. Mas o entusiasmo não é desculpa para a ingenuidade e a história está infestada de exemplos de como a tecnologia passa por cima dos marcos sociais, éticos e políticos que precisamos para fazer bom uso dela", diz Garbee.
Partindo desse alerta, do avanço assombroso das tecnologias entramos no debate sobre a produção do lixo eletrônico. Como equacionar a produção exacerbada de produtos eletrônicos, o descarte e a reciclagem? Como equacionar a questão do lixo eletrônico com o meio ambiente? Precisamos conscientizar. Precisamos achar formas de preservar nosso meio de contaminações desnecessárias e prejudiciais à vida.
O lixo eletrônico (e-lixo) ou tecnológico, como o próprio nome indica, é aquele proveniente de materiais eletrônicos. Ele também é conhecido pela sigla RAEE (Resíduos de Aparelhos Eletroeletrônicos). Com o avanço da tecnologia no mundo moderno, há um excesso de lixo eletrônico os quais podem causar diversos impactos negativos no meio ambiente. O lixo eletrônico é produzido por materiais de origem inorgânica, por exemplo, cobre, alumínio, metais pesados (mercúrio, cádmio, berílio e chumbo). Eles podem comprometer o meio ambiente visto que são compostos por elementos muito poluentes os quais são absorvidos pelo solo e pelos lençóis freáticos comprometendo o equilíbrio ecológico. Além de poluir o ambiente, o contato com esses produtos pode acarretar em diversas doenças para os animais e os seres humanos.
Como proceder na reciclagem do lixo eletrônico? Estatísticas apontam que cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são produzidos anualmente em todo o mundo, sendo que 10 milhões são reciclados na China. No entanto, vale notar que esse processo pode ser realizado pela exploração de pessoas, até mesmo de crianças e idosos. Um exemplo notório dessa exploração bem como do excesso de lixo eletrônico produzido no mundo é a cidade de Guiyu, na China, donde milhares de pessoas trabalham separando esses resíduos.
        Esse processo pode ser altamente perigoso para os seres humanos que o realizam visto os elementos presentes nesse tipo de lixo, ou seja, metais pesados e radioativos. Estudos apontam que o solo e os cursos de água da região já estão contaminados pelos produtos eletrônicos. Com o aumento da globalização e da tecnologia, novos aparelhos eletrônicos são lançados em curto espaço de tempo, o que leva as pessoas a trocarem seus aparelhos mesmo que ainda estejam funcionando.
FONTE de pesquisa e reflexão: https://www.bbc.com/portuguese/geral-37658309, https://www.todamateria.com.br/lixo-eletronico/



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