quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Os desafios para chegar no Eu mestre.


Investigando o caminho do Eu mestre – Parte 1.

Um edital no final do ano 2014 motivou o início da trajetória. Mal eu sabia que para chegar no Eu mestre passaria por tantos desafios. Perseguindo um objetivo desde a minha graduação acreditei ser este o momento para galgar mais um degrau na minha vida profissional, por ser servidora pública na rede educacional. O discurso era de incentivo aos professores. Me lancei nesta oportunidade.

Eu procurei fazer tudo certo. Corri atrás das informações necessárias, preenchi todos os formulários sozinha, pois queriam que os documentos estivessem no departamento até o dia 15 de janeiro, período que todos os outros setores das gerencias e escolas se encontravam fechados com os servidores em férias. Ou seja, quem supostamente deveria preencher e dar os devidos encaminhamentos estavam fora dos seus postos de trabalho. A única pessoa que estava na escola disse não saber como preencher e me enviou por e-mail os formulários em branco, os quais foram preenchidos por mim e enviados pelo correio.

Lembro-me perfeitamente de tudo o que aconteceu e tenho arquivado todos os e-mails que mandei e que recebi referente a esse episódio. A pessoa ou as pessoas que receberam os documentos deveriam ter conferido, deveriam ter feito contato para me dizer que as datas não estavam corretas, que o fato de eu cursar uma disciplina isolada, ou como aluna especial não me dava o direito de me afastar da escola para estudar. Porém não foi isso que fizeram. Ao contrário, confirmaram o recebimento dos documentos e avisaram que a portaria de afastamento sairia logo no início do mês de fevereiro e que eu nem precisava iniciar as atividades daquele ano letivo (2015).

Eu acreditei que o departamento responsável sabia dos procedimentos corretos pois avisaram a gerencia e a escola da portaria que eu estava afastada. Eu já havia informado por e-mail à pessoa responsável do departamento, que eu ainda não estava no curso de mestrado, pois os processos seletivos nas universidades geralmente eram abertos no primeiro semestre do ano para iniciar no segundo semestre. A resposta que recebi da pessoa, que está registrado na minha caixa de e-mails, era de que eu não precisava estar cursando o mestrado para participar do processo de seleção para o afastamento.  

Continuei com os meus contatos com as universidades para iniciar os estudos, pois eu sabia que as aulas da pós-graduação iniciariam somente em março. A primeira universidade que eu contatei e que sinalizaram a possibilidade de eu frequentar um componente curricular não deu certo. Infelizmente, pois se tratava de uma Universidade Federal, gratuita, que oferecia Mestrado em Educação, a mais próxima que me possibilitaria melhores condições de deslocamento. 

A segunda universidade que contatei me possibilitou o acesso a um componente curricular oferecido no primeiro semestre a partir do mês de março. Sendo uma instituição comunitária, precisei pagar para cursar esta disciplina isolada.  Fiquei afastada da escola durante dois meses e meio, cursando um componente curricular do mestrado em educação na segunda opção, uma universidade também perto da cidade onde eu morava e trabalhava. Mais facilidade de acesso.

O pensamento era de que tudo estaria acontecendo dentro dos trâmites legais. Busquei informações no departamento responsável pelo afastamento para estudo em pós-graduação. Enviei e-mail, solicitei informação e agi conforme as informações que me repassaram, assim como também me preocupei em repassar todas as informações sobre a minha situação de solicitante. As informações vieram truncadas, a pressa da pessoa do departamento em emitir a portaria de afastamento me causaram muitos prejuízos.

Além dos prejuízos financeiros, causaram também prejuízos morais, pois conforme o desfecho era como se eu estivesse agindo de má fé. Quando enviei o comprovante de matrícula do componente curricular, a responsável pelo departamento me ligou, e de modo nada adequado para uma servidora pública, mandou que eu retornasse imediatamente para a escola, por que eu não poderia estar afastada das minhas funções, uma vez que não tinha enviado o comprovante de matrícula do curso de mestrado.

Eu sabia exatamente qual era o meu propósito. Eu só queria ter tempo disponível para estudar e realizar o meu objetivo. Quando me deram a notícia de que eu não estava dentro da lei, e que a portaria do meu afastamento das atividades laborais seria interrompida, fiquei muito desapontada. Não acreditava no que estava acontecendo.

Foi só então que soube dos erros cometidos. Eu me preocupei em perguntar e me informar sobre o que fazer e como fazer. Revendo a escrita do edital, as informações recebidas por e-mail, e a portaria emitida baseada em formulários mal preenchidos, percebi que tudo estava errado.  Esses erros não foram meus. Estou tranquila quanto a isso. Eu sendo a parte menor de toda a estrutura administrativa fui lesada pelos erros cometidos nas instâncias mais elevadas, e que, obrigatoriamente, deveriam saber mais sobre as leis que regulamentam as ações, assim como deveriam ser servidores públicos no melhor sentido que é servir com ética e honestidade.



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Especialização em mídias na educação para ensinar geografia.


Este texto tem como base os estudos realizados no Programa de formação continuada em mídias na educação. O programa é uma parceria firmada entre a Secretaria de Educação a Distância – SEED/MEC e Universidade Federal do Rio Grande, através da utilização do seu Portal Educacional E-PROINFO. O resultado dos estudos aponta a relação existente entre a utilização das mídias e o ensino da geografia, para uma prática efetiva na sala de aula, aplicada aos diferentes graus do ensino, fundamental e médio.
Ensinar geografia demanda a utilização das mídias educacionais, com a adoção de outras metodologias de ensino e aprendizagem. É um ponto afirmativo em projetos de estudo, que contemplem as mídias que se integrem à prática pedagógica. Para isso é fundamental que o professor tenha conhecimento das tecnologias disponíveis e de suas potencialidades como instrumento didático. 
O foco central da pesquisa está no uso das diversas mídias (rádio, televisão, material impresso, sítios web), para clarear e dar um rumo alternativo, junto aos sujeitos do ensino e aprendizagem da Geografia, neste tempo em que as tecnologias de comunicação e informação evoluem diariamente.
A Geografia aliada às mídias é ainda um desafio para o professor do ensino público, mas deve ser superado para contribuir na aprendizagem integral em conexão com o mundo globalizado atual, tornando assim, as aulas mais dinâmicas e agradáveis, possibilitando todas as formas de conhecimento na prática pedagógica. É também um desafio por que no período atual de expansão da Internet, inovar representa um risco inevitável, que profissionais e instituições precisam enfrentar. A internet representa uma inovação que influencia e condiciona o permanente processo de atualização. Nesse caso, o professor deverá sentir-se seguro para relacionar o conteúdo trabalhado, com as mídias e os recursos tecnológicos disponíveis.
É importante destacar que a utilização do potencial tecnológico, no ensino da geografia, esbarra na dificuldade de aprender o como fazer, e no esforço necessário de melhorar a infra-estrutura local. Eis a questão: o que fazer para inserir professores e alunos nesta dinâmica de mundo; principalmente àqueles que resistem ao uso do computador? E quando as escolas não oferecem infra-estrutura necessária para ingressar na sociedade da Informação?
 Um sujeito alfabetizado é aquele que sabe ler o que está escrito e o que está implícito, utilizando as informações para a sua vida. O aluno do futuro pode se tornar um analfabeto funcional se não souber ler, as imagens e, as informações que circulam nos meios de comunicação. Então o presente trabalho é uma proposta aos professores de Geografia para que reflitam sobre a importância e o potencial da utilização das mídias no processo de construção de projetos didático-pedagógicos.
As mídias podem ser utilizadas de forma integrada (rádio, televisão, impresso, sítios web), e a formulação destes projetos, de ensino-aprendizagem, devem estar voltados para o desenvolvimento de competências e habilidades, tornando as aulas de Geografia mais dinâmicas e agradáveis, com as quais os alunos do ensino público, se sentirão instigados, curiosos e capazes de ler e entender o atual mundo globalizado.

Neste link é possível acessar ao trabalho de conclusão de curso. DO GIZ AO NOTE BOOK GEOGRAFIA ALIADA ÀS MÍDIAS: UM DESAFIO PARA O PROFESSOR DO ENSINO PÚBLICO.
http://nead.riogrande.ifrs.edu.br/midias/Ciclo%20Avancado%20-%20(2009-2010)/POLO%20CHAPECO/Raquel%20Marmentini.PDF


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sigo investigando o universo “eu” e os multiversos “eus”.


Sou professora de geografia desde 2005. Antes disso trabalhei em outras atividades. Desde o primeiro emprego, como digitadora em uma empresa de processamento de dados, foram várias outras experiências em corretora de valores, banco comercial, empresas de publicidade, de turismo, de confecções, de cosméticos, tanto na parte comercial e quanto na administrativa. Sempre buscando aliar o trabalho aos cursos de formação pelos quais passei. Iniciei curso de administração de empresas. Mudei de cidade, mudei de curso. Iniciei outro curso: Turismo e Hotelaria. Consegui aproveitar os estudos do curso anterior.
Estou revivendo as memórias da década de 1990, período de muitas mudanças na economia do país. Hoje consigo entender melhor esse período e as situações vividas por mim e por tantos outros. Foi uma década que desestabilizou uma grande parte da população brasileira. Muitas empresas no intuito de reduzir despesas optaram por demissões em massa. E os que tentaram se tornar pequenos empreendedores levaram a pior quando os bancos cancelaram todas linhas de crédito. Entre tantos altos e baixos aqueles que antes tinham oportunidades de trabalho ao sair de uma empresa, neste momento foi se afunilando e a exigência cada vez era maior. Já não haviam mais oportunidades para pessoas sem formação superior.
Foi então que surgiu a decisão de voltar para a universidade e a opção pelo curso de geografia. Essa decisão aconteceu após um curso técnico de guia de turismo, num encontro apaixonante com um livro didático de geografia do ensino fundamental. Quando me deparei com todos os conteúdos que a geografia estaria abordando na escola fez brilhar o meu olho. Em uma reflexão entre eu mudar de cidade novamente e concluir o curso de Turismo e Hotelaria e o curso de geografia oferecido na universidade da cidade onde eu residia, optei por permanecer na cidade e cursar geografia, que neste período, início dos anos 2000 oferecia uma grade curricular com ênfase em turismo. Fechou. Consegui aproveitar vários componentes curriculares e conclui o curso em menos tempo.
E deu super certo. Este tempo que ganhei me deu oportunidade de fazer o concurso para professora da rede pública estadual de Santa Catarina. Passei no concurso e estou na mesma escola ensinando e aprendendo conteúdos da geografia, da sociologia, e do universo da educação escolar. Muitos desafios. Muitas alegrias. Muitas realizações. Sou encantada por ser professora de geografia. Sou uma buscadora curiosa pela ciência. Os estudantes me motivam a seguir nesta busca. O mundo segue sua evolução. Os mapas da antiguidade são desenhos abstratos comparando-os com toda tecnologia atual.
O movimento de um observador consciente se expande cada vez mais para fora do planeta. Olhar-se de fora, perceber a trajetória cíclica, impulsiona o pensamento para o alto, e novos questionamentos provocam a curiosidade. Professora de geografia que aprendeu sobre as teorias que explicam o surgimento do Planeta Terra, o tempo geológico, o surgimento do homem e o tempo histórico, as relações entre as civilizações, todos estudos e descobertas relatadas pelos cientistas, astrônomos, matemáticos, físicos, filósofos, historiadores, geógrafos... tudo é muito grandioso. Seguir toda evolução vai além da capacidade racional.  
Diante disso minha curiosidade também se expande. A física quântica está trazendo outras teorias que colocam num degrau abaixo tudo o que já se confirmou sobre o que aprendemos. O questionamento agora é: Você já pensou que nosso universo pode ser apenas uma pequena parte de um enorme multiverso? Eu que preferia histórias da vida real, essa provocação me leva para a ideia de uma série de ficção científica de gosto duvidoso. Mas não é não. O livro Ponto de mutação, de Fritjof Capra, foi o primeiro que li sobre essa mudança de paradigma. E na verdade é uma teoria científica que está ganhando cada vez mais força.
Atualmente, por intermédio da internet temos acesso aos novos físicos teóricos que, baseados na física quântica e em outros princípios como a teoria das cordas, propõe novos olhares para o universo. Eles acham que há vários universos desconectados, chamados de bolhas, os quais formam um todo, denominado de multiverso. Essa situação e a quantidade de energia escura que o nosso universo tem, torna a teoria dos multiversos mais provável. Se a teoria do multiverso for real essa quantidade de energia não só se torna explicável como é inevitável.
Ou seja, se a teoria do multiverso prega que o universo em que vivemos não é o único que existe, e tudo o que existe no planeta Terra está em sincronia, o universo “eu” pode ser apenar um entre um número infinito de universos que compõe o multiverso “eus”? Sigo investigando, registrando e os convido a fazer o mesmo. Vamos expandir a consciência? Até imagino que você esteja duvidando da minha lucidez, mas embora a ideia realmente pareça algo saído da mais barata ficção científica, há uma física bastante razoável por trás dela. 

sábado, 13 de janeiro de 2018

Infinitas possibilidades...são muitos os caminhos a percorrer.

Alegrias, alegrias, alegrias... são muitos os caminhos a percorrer! São infinitas possibilidades de descobertas, de encontro de eus e de multidiversidade em todos sentidos de uma vida consciente, e de uma consciência desperta. Estamos entrando em um novo ciclo – início de um novo ano no ocidente, início de uma nova era, e em momento de transição planetária.  Individualmente, o ciclo se renova, novas ideias, novos insights que podem ser compartilhados a partir de um talento único: escrever, poetizar, comunicar.
Um novo ciclo se inicia também junto aos apreciadores dos meios de comunicação virtuais que me identifico imensamente. O propósito deste espaço é refletir sobre os mais variados temas que me instigam e me permitem outros olhares. Um convite a novas reflexões e interação com os leitores que se sentirem tocados e se propuserem a remexer inquietações, superar limitações e se voltarem para dentro de si mesmos.
Infinitas possibilidades amplia o espectro a ser abordado e me oferece um grande leque de oportunidades. Desde uma incursão pela área literária com poesias, que afloram a sensibilidade da observância interior e exterior, bem como aos assuntos relacionados à área educacional, uma vez que sou professora de geografia na educação básica da rede estadual de Santa Catarina, com mestrado em educação.  
Além destas áreas, outras ainda me sugerem temas interessantes de serem tratados em algum momento de inspiração ou de fatos sociais que permitam alguma intervenção reflexiva e que possa contribuir de alguma maneira com outras pessoas.
Para finalizar, sou imensamente grata ao tempo vivido, às experiências sentidas e ao universo que se descortina em consciência desperta. Deixo aqui o convite ao leitor: Se se sentir provocado e instigado a contribuir com novas reflexões, seja concordando ou discordando do assunto em questão, sinta-se à vontade para interagir e emitir sua opinião, desde que de forma educada e sem ofensa pessoal. Afinal estamos no mundo da informação e das ideias e para evoluir precisamos olhar, antes de mais nada para dentro de nós mesmos. Nada melhor do que uma reflexão consciente, depois de uma prática de respiração para centrar no pensamento no que temos de positivo como seres humanos.

Alegrias, alegrias, alegrias!!!!!

O GOSTO POR APRENDER E ENSINAR

                                                                                                    Os trabalhos apresentados na obra O gost...