segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Finalmente o decreto de desativação das ADRS foi assinado.


Recapitulando: Em qual momento surgiram essas secretarias espalhadas por todo o Estado? Com qual objetivo elas foram concebidas? Por que são alvos de tantas críticas? Por que promovem descontentamento na população com os gastos efetivos para serem mantidos esses órgãos governamentais?
Para oferecer uma pauta de reflexão, vamos buscar o contexto e configuração do que foi a descentralização governamental idealizada na campanha do candidato Luiz Henrique da Silveira para o governo do Estado de Santa Catarina nas eleições de 2002. Sua bandeira principal o chamado ‘’ plano 15’’, tendo como uma de suas metas lançadas no período, a necessidade de uma forte reestruturação, do governo do estado, que estava concentrado, e ausente do conjunto das regiões mais afastadas.
Com esta bandeira, alegando que o governo era autoritário e reprodutor das velhas práticas politiqueiras de submissão, via permissão de favores, como financiamento, convênios, isenções, o candidato Luiz Henrique derrotou o então governador Esperidião Amin e, além disso, emplacou dois mandatos consecutivos (2003-2006/2007-2010). Pelo visto o discurso foi somente para ganhar as eleições, pois as práticas eleitoreiras se reproduziram por muitos outros mandatos, onde o mesmo partido continuou no comando governamental.
Outro argumento utilizado que Santa Catarina havia se tornado um dos estados campeões nacionais no êxodo rural, causando crise urbana, por conta da ausência de políticas regionais de desenvolvimento agropecuário, ocasionando desemprego, subemprego, favelização, criminalidade. Além do aumento dos gastos do governo e o maior inchaço da máquina administrativa, outros graves problemas precisavam ser enfrentados, tais como a saúde pública e o aumento da criminalidade em certas áreas do estado, com destaque especial à própria Capital e às cidades de São José e Palhoça.
Isso sustentou a reestruturação político-administrativa proposta pelo governo de Luiz Henrique, que se baseou em quatro linhas básicas: a descentralização, a municipalização, a prioridade social e a modernização tecnológica. Ele acreditava que a melhor maneira de se fazer presente em todo o território estadual era operar a descentralização. Foi nesse intuito que o governo procurou redistribuir funções e criar novas secretarias e Conselhos de Desenvolvimento Regionais. Segundo o governo Luiz Henrique, a principal mudança trazida pela descentralização seria a transferência do poder de decisão para os catarinenses, por intermédios da atuação dos Conselhos de Desenvolvimento Regional.
No entanto, com o passar dos anos essas secretarias passaram a abrigar centenas de pessoas, como se fosse um “cabidão” de empregos de cargos comissionados e desvio de cargos efetivos de suas funções. Diante da situação em que se encontravam tais secretarias, foram alvo de muitas críticas. Com isso uma ação paliativa por parte do governo transformou as secretarias em ADRs, e mais recentemente, algumas foram extintas. Porém ainda há muito descaso com o dinheiro público e muitos desafios financeiros a serem enfrentados. Quais serão as novas ações do próximo governo? O que teremos de novidade na administração da máquina pública? A velha prática política da velha política será suplantada e extinta?
            Para complementar esse texto, hoje temos a notícia que finalmente o decreto de desativação das ADRS foi assinado e deve ser publicado nos próximos dias. Segundo o site de notícias do Estado, o processo faz parte da reforma administrativa do governo Moisés e Daniela, foi encaminhado para a análise da Procuradoria do Geral do Estado. Este decreto visa racionalizar os recursos públicos com a redução de estrutura e cargos comissionados, integrando, desse modo, o pacote de medidas para equilibrar as finanças. E nas palavras do novo governador, “A medida reforça o nosso compromisso em diminuir o tamanho da máquina pública, que precisa entregar serviço de melhor qualidade ao cidadão”.
            Felizmente o Estado pode contar com pessoas realmente comprometidas com suas funções de servidores públicos. É com essas pessoas conscientes, dedicadas e responsáveis que Santa Catarina pode vislumbrar um futuro promissor. Que os comandantes deste processo sejam perseverantes e comprometidos antes de tudo com toda população que merece receber serviços públicos de qualidade.

Pureza e coerência


Cada um pode se engrandecer com humildade. Em vários momentos nos deparamos com atitudes de pessoas egoístas e orgulhosas. Não se pode mudar o outro. Podemos mudar a nós mesmos buscando pureza e coerência nas nossas vidas. Esse tema está no livro o Meta humano de Horácio Frazão. Vou reproduzir para oferecer ao leitor uma reflexão com base no que o autor expõe.
Exemplificando, o autor traz como uma das melhores referências, o laser, por ser uma luz pura, já que possui apenas uma única frequência. As luzes convencionais são compostas de várias frequências sendo emitidas ao mesmo tempo. Associa-se pureza à força: quanto mais puro, maior é a capacidade de afetar, ou de influenciar. Na física, dá-se outro nome para o laser: luz coerente ou luz de alta coerência. Quando se fala de luz coerente, trata-se de uma luz pura, que não tem variações em sua frequência, sendo, portanto, uma luz com alto poder de influência ou de efeito. Graças a essa coerência, um feixe de raio laser consegue, por exemplo, se deslocar por quilômetros e atravessar materiais praticamente impenetráveis. Esta palavra, coerência, é essencial para o processo do meta-humano.
Se transpuséssemos essa analogia para a escala humana, quanto maior a pureza (ou a coerência do ser), maior seria seu poder de alcance e de influência. Vamos aqui soltar e desvencilhar-se da ideia piegas e pueril da pureza associada à inocência – quando se fala de pureza, se pensa em criança, por conseguinte, ligando-a à noção de inocência, e não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nocência é um termo que designa noção da realidade; logo, inocência vem de não se ter esta noção. Assim, uma criança pode ser inocente por ainda não ter noção de muitas coisas, e também pura por ainda não ter sido “contaminada” por tantas outras, mas o ser que eclodiu na pureza não é inocente, mas justamente o contrário, já que está imerso em consciência e lucidez.
Quando Jesus colocava: “Se você não for puro como esta criança, jamais entrará no reino dos céus”, as pessoas pensaram que ele estava falando de inocência, mas ele falava de coerência, da mesma propriedade de um laser. Então, pureza está relacionada com a sua disposição de não se misturar, no sentido de não assumir aquilo que não é parte do que você realmente é, não assumir o processo do outro, seus pensamentos, sonhos e medos, não assimilar absolutamente nada do que está fora.
            Vivemos muito no processo de assimilar, estamos o tempo todo assimilando, perdendo a pureza, a coerência. E é impressionante que, no momento em que você atinge a pureza, a sua consciência se transforma numa espécie de laser, fica altamente focalizada e com um alcance praticamente infinito, capaz, por exemplo, de colapsar a onda quase que instantaneamente.
Ser puro, portanto, está relacionado com perceber o outro, a realidade, mas não assumir aquilo dentro de você. Por não entenderem bem isso, alguns podem achar que é ser indiferente, alienado, mas na verdade é ser desidentificado. E esse processo começa por nos desidentificarmos com nós mesmos e, por consequência, com os outros e com as coisas. Os pensamentos estão lá, mas você não se mistura a eles, é como água e óleo, estão lado a lado, mas não se mesclam; você olha, lida e se relaciona com o outro, mas não se perde nele.
Quando você se desidentifica com sua própria mente, com seus próprios pensamentos, consequentemente não se identifica com mais ninguém, pois os outros são espelhos psíquicos; então, ao se desidentificar com sua mente, não há mais como se identificar com o que está fora.
É importante desenvolver, aos poucos, essa experiência do estado puro, sem, no entanto, entrar na indiferença. O limite entre elas é uma linha tênue. Pode acontecer de alguém acreditar realmente que despertou e se colocar como uma pessoa iluminada, mas o que houve foi que, por tanta ansiedade de querer despertar, ela praticamente provocou um processo de auto hipnose, onde dissociou a percepção do sentir como se o bloqueasse, o anestesiasse.
A sensação de falsa paz que ela tem é apenas a leitura de não ser capaz de sentir nada, e de julgar essa morbidez do sentir como paz. Ela congelou sua sensibilidade para se convencer de que está desperto. Há pessoas, até conhecidas, com um mundo de seguidores, que se colocam como iluminadas, mas ao olhar para a energia delas, vê-se que têm ainda aspectos emocionais básicos a serem resolvidos, estão longe de alguém amadurecido espiritualmente.

Em 2019, oremos e vigiemos, somos todos um e todos responsáveis.



Certamente 2018 foi um daqueles anos cheios de fortes emoções e cheios de esperança nas mudanças que todos nós brasileiros esperamos na mudança de nossos governantes. Esta é a primeira edição de 2019 então vamos respirar ainda mais fundo, fazer uma oração, entoar um mantra e passar a entender o que exatamente precisamos compartilhar com nossos leitores neste ano e que seja tudo o que merecemos.
Se temos alguns desafios a superar vamos buscar a solução olhando para dentro e expandindo nossa percepção com os olhos do amor e da alegria. Somos plenos, somos únicos e quando nos dermos conta de somos responsáveis por nossas ações, decisões e escolhas nossa vibração pode ser alterada para que tudo de melhor aconteça em nossas vidas.
Estamos nesse mundo para nos tornarmos pessoas melhores. O que os outros pensam a nosso respeito só pertence a eles, os sentimentos que emanam só pertencem aos outros. Quando vibramos na frequência do amor e da alegria estaremos blindados contra qualquer vibração negativa. Por que Jesus disse: vigiai e orai? Importante é entender que vigiar significa reconhecer nossas próprias fraquezas, para evitar situações perigosas e criar soluções para si mesmos. Cada um tem suas fraquezas da carne, para cada um a solução é diferente. Por isso observar-se e autoconhecer-se para sentirmos o que nos provoca tentação. 
E Jesus nos ensinou a orar para nos ajudar a vencer as tentações (Mateus 6:13). Na Bíblia encontramos várias dicas da importância da oração. A oração do justo é muito poderosa (Tiago 5:16). Quando oramos Deus responde! A resposta é sempre sim. Deus ouve e nos dá a resposta que está presente em nossos pensamentos, sentimentos e emoções, são parte do nosso campo vibracional e somos totalmente responsáveis por eles.
Precisamos entender que a oração nos coloca em sintonia com Deus – quando oramos para que a vontade de Deus seja feita e começarmos a ver as coisas como Deus vê – Mateus 6:9-10. Quando confessamos nossos pecados e perdoamos outras pessoas diante de Deus, Ele nos perdoa e liberta da culpa do pecado – 1 João 1:9. Podemos sentir a cura na oração de fé de quem está doente, a nível físico, emocional e espiritual, segundo a vontade de Deus.
Podemos nos sentir fortes ao orar e ter comunhão com Deus para enfrentar todos os desafios. Jesus encontrou força para enfrentar a cruz quando orou e confiou no poder de Deus que é maior que todos os inimigos, e o libertou das pessoas do poder do pecado e da destruição e salvou vidas com todos esses ensinamentos propagados ao longo de toda história da humanidade cristã.
Se somos todos um e todos responsáveis, oremos e vigiemos nossos pensamentos, sentimentos e emoções, para que nosso campo vibracional se expanda e esteja conectado com as mesmas frequências de paz e amor em amplitude planetária e universal promovendo uma mudança gigantesca nas consciências que habitam o planeta Terra.
Desejo um ano de muita luz e bênçãos divinas para que sua alma sorria diariamente, que sua criança interior lhe chame para brincar em todas as situações vividas e que seus sonhos sejam sonhados, materializados e que lhe oportunizem as melhores experiências.

Será que os educadores aprenderam a lição para educar uma criança?

Será que uma única criança passa pela escola sem ser deformada por ela? O que é possível pensar sobre a da educação no Brasil? Será que há falta de verbas e recursos materiais? Será que a condição de indigência dos professores resulta no mau aproveitamento dos alunos? Será que se houvesse mais dinheiro a educação ficaria melhor? Os alunos aprenderiam mais e os professores seriam mais felizes?
Rubem Alves dizia que “Educação não se faz com dinheiro. Se faz com inteligência e que coisas lindas acontecem pelo Brasil afora, no campo da educação”. Assim como ele, acredito que em despeito a coisas ruins e andando na direção contrária, há professores que amam os seus alunos e sentem prazer em ensinar. E que não existe coisa mais importante na vida das pessoas quanto o acesso ao conhecimento e à educação.
Num país que se diz democrático, a democracia só se fará plena se o povo for educado. Povo educado não significa ter certificados de cursos do ensino médio, ou profissionalizante, ou diploma superior, mas sim, ter a capacidade de pensar. Os diplomas são atestados, daqueles que os portam, de um certo tipo de conhecimento. E algum tipo de conhecimento não significa que sabe pensar. São somente arquivos cheios de informações, as quais atualmente são facilmente acessadas na “nuvem”, na rede.
Há inúmeros artigos depositados em bibliotecas eletrônicas. As universidades são avaliadas pela quantidade de artigos científicos publicados nas mais diversas revistas nacionais e internacionais em línguas estrangeiras. Há uma reprodução sistemática dos temas visando maior quantidade de artigos, pois não há critérios que avaliem as universidades por sua capacidade de fazer o povo pensar. De que adianta uma quantidade de artigos publicados, porém restrito clube internacional de cientistas?
Enquanto se consolidam as rotinas, e as repetições, o pensamento paralisa. Devemos voltar lá no pensamento grego, eles sabiam que o conhecimento só se inicia quando o familiar deixa de ser familiar; quando nos espantamos diante dele; quando ele se transforma num enigma. E Hegel diz "O que é conhecido com familiaridade, não é conhecido pelo simples fato de ser familiar".
Rubem Alves, acrescenta que toda a atividade humana é um esforço para construir casas. Casas são o espaço conhecido e protegido onde a vida tem maiores condições de sobreviver. Espaço familiar. Piaget sugeriu que o corpo deseja transformar o espaço que o rodeia numa extensão de si mesmo. Esse espaço, extensão do corpo, é a nossa casa.
Da necessidade de construir uma casa surge a ciência dos materiais, a física mecânica, a hidráulica, o conhecimento e o domínio do fogo. Da necessidade de comer surgem as ciências das hortas e da agricultura. Da necessidade estética de beleza surge a ciência da jardinagem. Da necessidade de viajar para caçar e comerciar surge a ciência dos mapas, a geografia. Da necessidade de navegar surge a astronomia. E assim vai o corpo, expandindo-se cada vez mais, para que o espaço desconhecido e inimigo ao seu redor se transforme em espaço conhecido e amigo. Até mesmo o universo.
Com isso, a primeira lição para os educadores que Rubem Alves propõe é de não ensinar as crianças, mas sim aprender delas. Na vida de uma criança a gente vê o pensamento nascendo - antes mesmo da gente querer fazer qualquer coisa.

Fim de ano letivo... quem observa, impossível não refletir!


Construímo-nos na sociedade, no relacionamento interpessoal e conosco mesmos. Cada um em sua atuação profissional tem sua conduta e sua percepção. Uns são mais racionais, outros mais sensíveis, uns são mais conformados, outros mais dedicados, uns são mais complicados, outros mais comprometidos, uns são mais abusados, outros mais amedrontados, uns são mais agradáveis, outros mais irritantes.  Mas todos não são e se comportam da mesma maneira o tempo todo. Há momentos de lucidez e de alegria de conviver em paz no grupo, nas comunidades as quais há um pertencimento natural e os ciclos acontecem também naturalmente.
          A cada final de ciclo, como por exemplo, o fim do ano letivo, automaticamente entro em auto-observação e observação da minha atividade profissional como educadora e professora de geografia com as turmas e estudantes que conviveram durante o período escolar. Quanta riqueza em cada uma dessas vidas que temos o privilégio de trocar aprendizados.  São trocas energéticas, são compartilhamentos de emoções, são pensamentos criativos e muito resultado positivo. Nem todas as práticas concebidas atingem o que é esperado, mas o resultado é surpreendente, mesmo que muitas vezes não apareça, mas transparece em pequenas atitudes, em pequenos avanços que futuramente poderão serão expandidos por intermédio das sementes que plantamos.
          Muitos desafios podem aparecer no cotidiano escolar, e muitas vezes tendemos em esperar que a solução venha de outras pessoas, que nossos obstáculos sejam transpostos por elas ou que elas nos forneçam aquilo que falta em nós mesmos. O espírito de trabalho solidário, em conjunto, deveria ser uma constante diária, cada qual com suas qualidades e habilidades humanas colocadas em evidencia pelo desenvolvimento integral e pleno de realização.
         No entanto, às vezes inconscientemente, a dependência se instala em nós com muita sutileza, e quando percebemos já estamos nesse ciclo vicioso de depender do outro para vivermos bem e felizes. O que devemos entender é que depender de outra pessoa nunca nos trará uma felicidade completa. Outras pessoas estão inseridas em suas próprias experiências o os seus direcionamentos são seus. Encontrar o propósito de vida e libertar-nos da dependência de outras pessoas é a melhor coisa que podemos fazer por nós mesmos. Quando isso acontece, aprendemos a confiar mais em nós e alcançamos a paz de não viver de expectativas.
         Esse relacionamento pessoal, íntimo e de descoberta incríveis de nós mesmos, nos torna pessoas mais verdadeiras, fortes, honestos e autênticas. Quando nos permitimos viver por nós mesmos nossa vida flui naturalmente e nos surpreende com tantos momentos de contentamento. Por isso não podemos nos limitar por conta do que as outras pessoas pensam, agem e sentem. Isso só pertence a elas e cada um é responsável por sua própria felicidade. Colocar nossa vida nas mãos do outro significa falta de auto amor, de auto respeito e de autoconhecimento.
      Precisamos esperar menos das atitudes das pessoas, começarmos a nos responsabilizar pelas nossas, com liberdade para criar as vidas que realmente desejamos viver e criarmos um ambiente mais positivo ao nosso redor, elevando nossas vibrações para as frequências de amor incondicional, alegria e paz. Nestas frequências deixamos de criar muitas expectativas por coisas que nos sabotam, e que muitas vezes passamos mais tempo pensando no que outro está fazendo do que em nós mesmos.           Precisamos nos colocar em primeiro lugar para termos a possibilidade de guiarmos nossas vidas de maneira que nos tornemos mais felizes, e para que estejamos cientes de que as respostas estão dentro de cada um e que todos são seres extraordinários, capazes de viverem plenamente a experiência terrena.

Porque é muito bom agradecer, porque é dezembro e porque é Natal.




 “Líderes ensinam. Eles motivam. Eles se importam. Líderes fazem de tudo para que a estrada que leva ao sucesso seja sempre ampla e reta o suficiente, e assim outras pessoas possam percorrê-la.” Mary Kary Ash


Penso que os leitores desta coluna sabem que sou professora de geografia desde 2005 na rede pública catarinense, e também me conhecem um pouco mais pelo que escrevo. Analisando as curvas da vida, a reta final se apresentar desta maneira é uma dádiva inspiradora. Aprender e apreender os ensinamentos que nos chegam gratuitamente é sim uma dádiva. Infelizmente, nem todas as pessoas tem discernimento de aceitar com humildade. Tudo o que acontece em nossas vidas podemos utilizar de uma forma positiva para que o resultado também seja positivo.
Além desta profissão que engrandece a alma, um espírito inquieto sacode a vida em busca de novas buscas com o intuito de realizar sonhos, de ser independente, por uma capacidade constante de transmitir credibilidade e inspirar outras pessoas. Na escola, em sala de aula, planto sementes, acompanho o desabrochar das flores e muitos frutos serão estruturas resultantes do amadurecimento desta flor.
Fora da escola também planto sementes, vejo a beleza das flores e colho frutos saborosos. Paralelamente, me envolvo com estudos e pesquisas que me possibilitam autoconhecimento e cura interior, os quais, muitas vezes compartilho neste espaço. Para utilizar ainda mais e melhor o meu tempo, me dedico a outra atividade que me alegra muito: sou consultora de vendas de produtos de excelente qualidade. Como podem perceber em nosso universo há infinitas possibilidades.
Foi um 2018 maravilhoso de muitas atividades, de muitos estudos, de muitas conquistas. Olhando para cada mês do ano que passou... UAU foi um ano intenso e de muitos aprendizados. Então, por que é muito bom agradecer, por que é dezembro e por que é Natal ofereço de presente dois kits de produtos, para serem sorteados aos leitores desta coluna em parceria com o jornal Gazeta do Vale.


terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Qual é o significado da Cruz sob a perspectiva metafísica?


Quem acompanha os escritos desta coluna já deve ter percebido que este é um espaço de diferentes temas a serem abordados. Os seres humanos de natureza curiosa podem ir além da capacidade racional de discernir. Nem sempre o que nos chega para reflexão é recheado de imagens e percepções conclusivas. As inquietações surgem pelo pensamento, que provoca uma emoção sendo que esta, determina uma ação ou apenas uma contemplação. Tenho me dedicado, por curiosidade e por buscar o autoconhecimento, a estudos que promovem uma revisão da visão de mundo. Será que aquilo que eu pensava, sentia e que me colocava em movimento era deveras inadequado?
Devido aos vários canais de difusão do conhecimento que acessamos hoje é que temos a possibilidade de ampliar o nosso tempo de estudo sem estar vinculado aos meios tradicionais de repasse do conhecimento, (famílias, igrejas, escolas, universidades). É muito conteúdo disponibilizado gratuitamente, e também a um baixo custo. As ideias se espalham rapidamente. A informação é instantânea. Hoje mais do que em outros tempos, é preciso estar atento a si mesmo, e aos conceitos ensinados.
A reflexão de hoje é a partir do texto do livro O META-HUMANO, o caminho para o novo estado de consciência, do professor Horácio Frazão. Como entender o significado de meta-humano? Entender o que significa meta-humano perpassa pelo entendimento do verdadeiro sentido místico e espiritual por trás do sistema da cruz, do símbolo da cruz.
Professor Horácio escreve: “No momento em que vivemos há a possibilidade de provo­car a descontinuidade evolutiva, e isso implica em produzir a inte­gração do fator ser ao elemento humano. O aspecto humano, sem a dimensão do ser, resume-se a instinto, reação emocional e intelec­to. Já quando falamos do ser, consideramos uma dimensão muito maior, que engloba lucidez, paz e amor.
Para amar é preciso estar em paz, para ser feliz é preciso estar em paz, para ser criativo é preciso estar em paz e para provocar o colap­so da onda de possibilidades em realidade é preciso estar em paz. Paz, como definição, é a ausência de conflito, isto é, o ser, a presen­ça, a dimensão na qual nos sentimos integrados a todas as coisas.
Estamos funcionando muito pelo aspecto humano e pouco pelo ser. Ainda não integramos a dimensão do ser com o humano para resultar no ser humano, mas, quando concretizamos esse binômio, a junção entre ser e humano, já não somos mais humanos, passa­mos a ser meta-humanos, algo além do humano. O curioso que esta condição que denominamos aqui como meta-humano é uma con­dição de maior pureza e natureza.
Ser meta-humano independe de um momento no tempo; esta condição pode se dar a qualquer tempo e a qualquer momento. Há 2.500 anos tivemos um meta-humano. Era um momento retrógrado, muito precário em termos de tecnologia e evolução e, ainda assim, tivemos um meta-humano.
Ser é a dimensão vertical, transpessoal; e humano é a dimensão horizontal, pessoal. Logo, ao trazer a dimensão vertical em união com a horizontal você tem a cruz. O ponto de intersecção, o ponto de cruzamento dessas duas dimensões representa o ponto no qual é desligada toda atividade oculta e subterrânea de negatividade em você. Esse ponto de intersecção significa, portanto, a morte de um processo conhecido como ego.
A cruz representa a extinção do ego; por isso é associada à ideia de morte. Num cemitério, o que se vê em cima das tumbas? A cruz. Mas, em um sentido místico, a cruz é exatamente o sinal de que você cumpriu com o propósito do nascimento no corpo, que é mor­rer para renascer de verdade. Nascemos no corpo para morrer espi­ritualmente, para nos tornarmos meta-humanos”.
Quando pensamos, sentimos e agimos em concordância com as leis universais, nos colocamos em uma situação favorável, com isso percebemos que podemos ir além de algumas crenças, sair de uma visão cartesiana para uma visão quântica. Para isso somos todos convidados a expandir a consciência e se entregar nas mãos do divino criador e criarmos uma nova realidade para si e para o mundo que vivemos.


Sobre o tema polêmico das SDRs, atuais ADRs e o novo governo.


Em qual momento surgiram essas secretarias espalhadas por todo os Estado? Com qual objetivo elas foram concebidas? Por que são alvos de tantas críticas? Por que promovem descontentamento na população com os gastos efetivos para serem mantidas esses órgãos governamentais?
Para oferecer uma pauta de reflexão, vamos buscar o contexto e configuração do que foi a descentralização governamental idealizada na campanha do candidato Luiz Henrique da Silveira para o governo do Estado de Santa Catarina nas eleições de 2002. Sua bandeira principal o chamado ‘’ plano 15’’, tendo como uma de suas metas lançadas no período, a necessidade de uma forte reestruturação, do governo do estado, que estava concentrado, e ausente do conjunto das regiões mais afastadas.
Com esta bandeira, alegando que o governo era autoritário e reprodutor das velhas práticas politiqueiras de submissão, via permissão de favores, como financiamento, convênios, isenções, o candidato Luiz Henrique derrotou o então governador Esperidião Amin e, além disso, emplacou dois mandatos consecutivos (2003-2006/2007-2010). Pelo visto o discurso foi somente para ganhar as eleições, pois as práticas eleitoreiras se reproduziram por muitos outros mandatos, onde o mesmo partido continuou no comando governamental.
Outro argumento utilizado que Santa Catarina havia se tornado um dos estados campeões nacionais no êxodo rural, causando crise urbana, por conta da ausência de políticas regionais de desenvolvimento agropecuário, ocasionando desemprego, subemprego, favelização, criminalidade. Além do aumento dos gastos do governo e o maior inchaço da máquina administrativa, outros graves problemas precisavam ser enfrentados, tais como a saúde pública e o aumento da criminalidade em certas áreas do estado, com destaque especial à própria Capital e às cidades de São José e Palhoça.
Isso sustentou a reestruturação político-administrativa proposta pelo governo de Luiz Henrique, que se baseou em quatro linhas básicas: a descentralização, a municipalização, a prioridade social e a modernização tecnológica. Ele acreditava que a melhor maneira de se fazer presente em todo o território estadual era operar a descentralização. Foi nesse intuito que o governo procurou redistribuir funções e criar novas secretarias e Conselhos de Desenvolvimento Regionais. Segundo o governo Luiz Henrique, a principal mudança trazida pela descentralização seria a transferência do poder de decisão para os catarinenses, por intermédios da atuação dos Conselhos de Desenvolvimento Regional.
No entanto, com o passar dos anos essas secretarias passaram a abrigar centenas de pessoas, como se fossem um “cabidão” de empregos de cargos comissionados e desvio de cargos efetivos de suas funções. Diante da situação em que se encontravam tais secretarias, foram alvo de muitas críticas. Com isso uma ação paliativa por parte do governo transformou as secretarias em ADR, e mais recentemente, algumas foram extintas. Porém ainda há muito descaso com o dinheiro público e muitos desafios financeiros a serem enfrentados. Quais serão as novas ações do próximo governo? O que teremos de novidade na administração da máquina pública? A velha prática política da velha política será suplantada e extinta?

FONTE de pesquisa e reflexão: COSTA, Sandro da Silveira. Santa Catarina – história, geografia, meio ambiente, turismo e atualidades. Cap. 12. Editora Postmix Florianópolis, 2011.





O GOSTO POR APRENDER E ENSINAR

                                                                                                    Os trabalhos apresentados na obra O gost...