Quem acompanha os
escritos desta coluna já deve ter percebido que este é um espaço de diferentes
temas a serem abordados. Os seres humanos de natureza curiosa podem ir além da
capacidade racional de discernir. Nem sempre o que nos chega para reflexão é
recheado de imagens e percepções conclusivas. As inquietações surgem pelo
pensamento, que provoca uma emoção sendo que esta, determina uma ação ou apenas
uma contemplação. Tenho me dedicado, por curiosidade e por buscar o
autoconhecimento, a estudos que promovem uma revisão da visão de mundo. Será
que aquilo que eu pensava, sentia e que me colocava em movimento era deveras
inadequado?
Devido aos vários canais de
difusão do conhecimento que acessamos hoje é que temos a possibilidade de
ampliar o nosso tempo de estudo sem estar vinculado aos meios tradicionais de
repasse do conhecimento, (famílias, igrejas, escolas, universidades). É muito
conteúdo disponibilizado gratuitamente, e também a um baixo custo. As ideias se
espalham rapidamente. A informação é instantânea. Hoje mais do que em outros
tempos, é preciso estar atento a si mesmo, e aos conceitos ensinados.
A reflexão de hoje é a partir do texto do
livro O META-HUMANO, o caminho para o novo estado de consciência, do professor
Horácio Frazão. Como entender o significado de
meta-humano? Entender o que significa meta-humano perpassa pelo entendimento do
verdadeiro sentido místico e espiritual por trás do sistema da cruz, do símbolo
da cruz.
Professor Horácio escreve: “No
momento em que vivemos há a possibilidade de provocar a descontinuidade
evolutiva, e isso implica em produzir a integração do fator ser ao elemento
humano. O aspecto humano, sem a dimensão do ser, resume-se a instinto, reação
emocional e intelecto. Já quando falamos do ser, consideramos uma dimensão
muito maior, que engloba lucidez, paz e amor.
Para amar é preciso estar em
paz, para ser feliz é preciso estar em paz, para ser criativo é preciso estar
em paz e para provocar o colapso da onda de possibilidades em realidade é
preciso estar em paz. Paz, como definição, é a ausência de conflito, isto é, o
ser, a presença, a dimensão na qual nos sentimos integrados a todas as coisas.
Estamos funcionando
muito pelo aspecto humano e pouco pelo ser. Ainda não integramos a dimensão do
ser com o humano para resultar no ser humano, mas, quando concretizamos esse
binômio, a junção entre ser e humano, já não somos mais humanos, passamos a
ser meta-humanos, algo além do humano. O curioso que esta condição que
denominamos aqui como meta-humano é uma condição de maior pureza e natureza.
Ser meta-humano
independe de um momento no tempo; esta condição pode se dar a qualquer tempo e
a qualquer momento. Há 2.500 anos tivemos um meta-humano. Era um momento
retrógrado, muito precário em termos de tecnologia e evolução e, ainda assim,
tivemos um meta-humano.
Ser é a dimensão
vertical, transpessoal; e humano é a dimensão horizontal, pessoal. Logo, ao
trazer a dimensão vertical em união com a horizontal você tem a cruz. O ponto
de intersecção, o ponto de cruzamento dessas duas dimensões representa o ponto
no qual é desligada toda atividade oculta e subterrânea de negatividade em
você. Esse ponto de intersecção significa, portanto, a morte de um processo conhecido
como ego.
A cruz representa a extinção
do ego; por isso é associada à ideia de morte. Num cemitério, o que se vê em
cima das tumbas? A cruz. Mas, em um sentido místico, a cruz é exatamente o
sinal de que você cumpriu com o propósito do nascimento no corpo, que é morrer
para renascer de verdade. Nascemos no corpo para morrer espiritualmente, para
nos tornarmos meta-humanos”.
Quando pensamos, sentimos e
agimos em concordância com as leis universais, nos colocamos em uma situação
favorável, com isso percebemos que podemos ir além de algumas crenças, sair de
uma visão cartesiana para uma visão quântica. Para isso somos todos convidados
a expandir a consciência e se entregar nas mãos do divino criador e criarmos
uma nova realidade para si e para o mundo que vivemos.
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