quarta-feira, 25 de março de 2009

Mestre, por que me sinto inferior?

Certo dia um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mêstre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.
Ele então disse ao Mestre.
- Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me senti assim antes.
Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora? O Mestre falou:
- Espere, quando todos tiverem partido, responderei.
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente:
- Agora você pode me responder por que me sinto inferior?
O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
- Olha para estas duas árvores: a árvore alta e a pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse á maior: Por que me sinto inferior diante de você? Esta árvore é pequena e aquela é grande- este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso.
O samurai então argumentou:
- Isto se dá porque elas não podem se comparar.
O Mestre replicou:
- Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta. Quando você não compara, toda inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto à maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer. Simplesmente olhe á sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida. Somos todos tão iguais em nossas buscas, em nossa sede de amar e sermos amados, de libertar e sermos livres. Ninguém é superior ou inferior a ninguém. Somos todos viajantes da mesma nau, aprendizes cursando a escola da vida. E a melhor ferramenta neste caminho de igualdade é o AMOR. Ele nos torna semelhante, ele nos despe de todas as máscaras de superioridade que vestimos para nos escondermos de nós mesmos, para enfrentarmos o nosso maior inimigo: o EGO. Aquele, que sempre grita que temos que ser superiores aos outros.

Não temos que ser nada, nem maior nem menor que ninguém. Temos que ser iguais. Nem caminhar à frente e nem atrás de alguém, mas sim AO LADO DE alguém. Exatamente assim, andando com o mesmo pé, no mesmo passo e no mesmo compasso, formando um verdadeiro muro de buscadores de seu Eu Interior. É bem assim que vejo a vida e as pessoas, uma imensa muralha caminhando desordenada em busca de não sei o que, ansiosas, agitadas, se arremessando no mundo material, brigando por cargos e espaços, sem objetivos, a não ser derrotar os seus semelhantes por bens materiais, por um salário melhor, por um título a mais na parede de sua sala. E tudo é tão simples, está bem ali diante de seus olhos: a busca de si mesmo. Elas se esquecem que o mundo é um reflexo de nós mesmos, é uma projeção de nosso verdadeiro Eu Interior. Se nosso Eu é atribulado, nosso mundo é pequeno, espremido, agitado. Se nosso Eu é sereno e ponderado, nosso mundo é amplo, claro, calmo.

Tudo é muito igual, só temos que ter olhos de Amor e perceber a Sabedoria Divina em todas as coisas. Somos produtos de nossas formas pensamentos, não importa qual nossa cor, raça, cultura. Somos diferentes fisicamente, mas muito iguais espiritualmente.

Que o Amor ilumine a cada um e que, como as árvores, cada um possa sentir-se encaixado dentro do mundo, dentro do seu mundo interior. AMO VOCÊ, conte sempre comigo, em todos os momentos de dúvidas, eu na minha pequenez e simplicidade estarei ao seu lado.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Decisões e Escolhas: Uma Questão Essencial

O artigo de José Augusto Wanderley é o que escolho para compartilhar com os leitores. "A vida é a arte das escolhas, dos sonhos, dos desafios e da ação"

Ele escreve que os caminhos da vida são feitos de decisões e escolhas. Assim, o que cada um de nós é hoje, seja na sua vida profissional, seja na sua vida pessoal, é conseqüência destas escolhas e das ações adotadas para efetivá-las. Algumas são essenciais e importam decisões sobre nossa religião ou nosso papel social. Outras são operacionais, como a roupa que vamos vestir para ir trabalhar. Queiramos ou não, conscientes ou inconscientes, por ação ou omissão, estamos sempre fazendo escolhas. E nunca é demais lembrar que não escolher já é uma escolha; Se queremos ser os timoneiros da nau da nossa vida, devemos procurar ser conscientes das escolhas que fizemos e estamos fazendo, pois é esta consciência que nos permite assumir a responsabilidade pelos nossos atos e, conseqüentemente, continuar com o que estamos fazendo ou então mudar. A questão básica é o que aprender para que possamos ter êxito neste mundo de crescente insegurança, complexidade, ambigüidade e imprevisibilidade. E isto também é uma escolha.
O autor destaca algumas escolhas que estamos fazendo a todo o momento e ilustra com um exemplo: O general franquista Millan d’Astray, nas suas palavras na Universidade de Salamanca, na frente do filósofo Miguel de Unamuno, proferiu sua célebre frase: "Abaixo a inteligência. Viva a morte!". E esta é a grande questão. Estamos escolhendo a vida ou a morte do planeta em que habitamos? Todas aquelas pessoas ou empresas que contribuem com poluição ambiental e destruição dos ecossistemas, chuvas ácidas, aumento da temperatura na Terra e a conseqüente elevação dos níveis das marés, destruição da camada de ozônio, desmatamentos indiscriminados e a existência de pessoas vivendo em condições subumanas, em função da ganância, da busca do lucro Kamikaze ou da falta de consciência social, estão engrossando o coro de Millan d’Astray e à sua própria maneira estão repetindo com o general franquista: "Viva a morte!"
Na realidade, esta é a grande questão ética, segundo a qual todas as outras devem se ordenar. É saber qual a resposta a uma pergunta de Albert Einstein: "Será que estamos fazendo deste planeta um lugar melhor para se morar?" Ou estamos ao lado dos que não têm nenhuma preocupação com isto, pois, como dizem, a longo prazo estaremos todos mortos. A riqueza de nossa vida está muito relacionada aos significados que damos ao que fazemos.
Segundo o autor o que têm forte influência sobre nossos comportamentos é o nosso sistema de crenças e valores e é neste sentido que há quem diga: "Quer você acredite que pode, quer acredite que não pode, você está certo." Todos nós temos um conjunto de crenças e valores que fomos adquirindo ao longo da vida e que são determinantes do nosso comportamento. Algumas podem ser extremamente úteis, como acreditar que tudo o que nos acontece pode ser uma oportunidade. Outras podem ser negativas, como a de se acreditar vítima das circunstâncias, na base do "isto só acontece comigo". Em geral as pessoas não analisam os impactos de suas crenças sobre suas vidas e não sabem que podem e como mudá-las.
E pode-se concluir com o texto que a consciência de que o que obtemos da vida está profundamente relacionado às escolhas que fizemos ou fazemos nos permite estar abertos a identificá-las e ratificá-las ou retificá-las. E esta é uma grande escolha final. É possível mudar. E um bom modo de fazê-lo é com base em Jean P. Sartre: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim." Em suma, ser consciente das escolhas que fazemos é entrar no mundo mágico das possibilidades. É saber que existem infinitas formas e caminhos e que a vida é daqui para a frente.

domingo, 8 de março de 2009

Compartilhando angústias.

O texto que segue é de autoria de Joel Carvalho, presidente do Conselho Deliberativo da EAEB Apolônio Ireno Cardoso, que me foi enviado por email e só tenho a agradecer por tal contribuição. Utilizo o título compartilhando angústias por que também sou presidente do Conselho Deliberativo da EEB Carlos Fries, escola onde trabalho. Assim como ele, percebo a pouca atuação, não por falta de atitude do presidente, mas por não haver um reconhecimento efetivo com relação a existência deste conselho nas escolas, e talvez por que a não atuação do Conselho favoreça o sistema e deixa de atender os anseios não somente do corpo docente e mas também do corpo discente. Compartilhamos a mesma opinião: o Conselho Deliberativo nas escolas consta apenas como figura decorativa. Valeu Joel!
TA LIGADO?
Ai gurizada, novo ano que inicia, espero que seja com novidades e não mais o mesmo blábláblá de sempre. Ta ligado?
Pois o grande problema é que vivemos esperando e como diz o bom e velho ditado: Quem espera, nunca alcança! Ta ligado?
Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos para trás
Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no amor, melhores na dor
Melhores em tudo
Vivemos esperando
O dia em que seremos para sempre
Vivemos esperandoDias melhores para sempre
(Jota Quest)
Quando iremos atender ao bom e velho refrão do Geraldo Vandré?
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...
Tá ligado?
Quando deixaremos a mesmice de lado? Quando iremos repensar nossas atitudes perante a vida? Seja na escola, no trabalho , no dia a dia, em casa, perante nossos pais, amigos, sociedade, municipio, estado ou nação? Quando? Quando iremos nos reinventar? Ta ligado?
O ano novo está aí, estendido aos seus pés como um formidável tapete vermelho para uma celebridade, com novidades, tanto na escola como no município. Ta ligado?

O GOSTO POR APRENDER E ENSINAR

                                                                                                    Os trabalhos apresentados na obra O gost...