Os trabalhos apresentados na obra O gosto por aprender e ensinar mostram a trajetória acadêmica da autora, desde a graduação até o mestrado. É possível perceber nas abordagens teórico metodológicas da autora, no lugar de sua fala e nos objetos de estudo, as tendências descritas na BNCC para esse século, segundo o MEC. Para demonstrar o caminho percorrido e os desafios enfrentados foram incluídos textos da vivência profissional. Por que isso? Porque a sociedade contemporânea impõe um outro olhar no que se refere a educação, levando em consideração o que, e para que aprender, e, o como ensinar e avaliar o aprendizado.
O objetivo
da BNCC é garantir a formação integral dos indivíduos a partir de algumas
competências que dizem respeito a formar cidadãos mais críticos, com
capacidades diversas, do tipo: aprender a aprender, resolver problemas,
autonomia para tomada de decisões, capazes de trabalhar em equipe, respeitar o
outro, o pluralismo de ideias, que tenham a capacidade e argumentar e defender
seu ponto de vista.
Para o século
XXI a proposta é formação de cidadãos críticos, criativos, participativos e
responsáveis, capazes de se comunicar, lidar com as próprias emoções e propor
soluções para problemas e desafios. Dentre as 10 competências que serviram de
referência para estruturação de
toda a Base, desde a Educação Infantil até o fim do Ensino Médio destaco
a seguir quatro delas: 1. Conhecimento 3.Repertório Cultural 5. Cultura Digital 6. Trabalho e Projeto de Vida.
1). Valorizar e
utilizar os conhecimentos historicamente construídos
sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3). Valorizar e fruir
as diversas manifestações
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas
diversificadas da produção artístico cultural.
5). Compreender,
utilizar e criar tecnologias
digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6). Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e
apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.
As competências gerais da BNCC
previstas na nova versão da Base são consideradas fundamentais para os
estudantes. Se é importante para os estudantes, os envolvidos no campo da
educação, precisam estar atentos, estudar, analisar, refletir e colocar em
prática nas escolas.
Mais um tema importante para o campo da
educação é a formação de professores que atuam na
educação básica. Nos artigos 62 e 63 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), Lei nº 9.394/1996, há a garantia da formação de professores em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de
educação. Outro documento assegura que todos os professores da educação básica
possuam formação específica de nível superior é a Lei nº 13.005, de 25 de junho
de 2014, que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE).
Além
dos documentos citados que buscam atender as demandas da sociedade atual, é
preciso ir além. Se o objetivo, deste século, é a formação de cidadãos
críticos, criativos, participativos e responsáveis, capazes de se comunicar,
lidar com as próprias emoções e propor soluções para problemas e desafios, todos
que atuam na educação precisam se atualizar.
Assim como a BNCC propõe as competências
para desenvolver capacidades diversas em estudantes da educação básica, os
profissionais da educação precisam entrar no mesmo movimento. Precisam de
cursos atualizados, da graduação (licenciaturas) ao doutorado e formação
continuada. Para que isso aconteça os professores precisam ser valorizados e
motivados a buscar o autodesenvolvimento profissional.
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