domingo, 2 de junho de 2019

A consciência humana e o poder “construtor” da realidade.


Esse título remete ao debate que podemos fazer sobre as teorias da física quântica relacionando-as com a espiritualidade. Ainda é uma relação polêmica, pois consiste em dois núcleos distintos, sendo um formado pelos que defendem a veracidade da influência quântica no plano espiritual, e outro que nega totalmente o uso da mecânica quântica como modo de explicar a espiritualidade.
Há os que defendem a existência de uma relação entre a física quântica e o espiritual, onde a força do pensamento humano poderia exercer um grande poder sobre a realidade individual de cada pessoa, sendo ela, com as corretas indicações, capaz de alterar o mundo ao seu redor.
Sobre a física quântica e o pensamento, os vários físicos de renome internacional relacionam os princípios da física quântica com as teorias sobre a consciência humana e o poder do pensamento como “construtor” da realidade. Ou seja, a mente humana teria uma capacidade profunda de influenciar na disposição das micropartículas atômicas ao redor das pessoas, do modo como elas se comportam e como elas constroem a realidade de cada indivíduo. Para os estudiosos que acreditam nesta ideia, as intenções das pessoas influenciariam a construção da realidade.
            Pois bem, é possível afirmar que a ciência descobriu a espiritualidade, diante de uma teoria científica logicamente consistente sobre Deus e a espiritualidade com base na física quântica e na primazia da consciência, onde há dados experimentais replicados apoiando essa teoria. Atualmente a mídia está mais aberta, embora ainda não alardeie isso, mas agora uma ciência viável da espiritualidade ameaçando uma mudança de paradigma e passando da atual ciência com base na matéria que estimula exclusivamente a materialidade (Goswami, 2008). Até sendo possível chamar essa nova ciência de ciência de Deus, no entanto não precisa fazê-lo.
No dia 19 de março de2019, o físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser, foi anunciado vencedor do Prêmio Templeton. O prêmio é uma espécie de “Nobel da espiritualidade”. Já foi concedido a nomes como Madre Teresa de Calcutá (em 1973) e Dalai Lama (em 2012). Segundo a fundação Templeton, é uma honraria entregue a profissionais que tenham feito “uma contribuição excepcional para afirmar a dimensão espiritual da vida, seja por insights, descoberta ou trabalhos práticos”. E você, conhece Marcelo Gleiser? Ou sabe do que trata a sua pesquisa?
Os apaixonados por ciência, já podem tê-lo visto em entrevistas para algum canal de televisão. Marcelo Gleiser, tem 60 anos, é professor de física e astronomia no Dartmouth College, nos Estados Unidos. É reconhecido internacionalmente por seus livros, artigos, blogs, documentários e conferências em que apresenta a ciência como uma ferramenta que ajuda a entender as origens do universo e da vida. Ele é o primeiro brasileiro a receber a honraria, o Prêmio Templeton, é oferecido pela fundação do mesmo nome e é guiada por algumas perguntas: Nós habitamos qual porcentagem do universo? Nós temos livre arbítrio? A evolução é unidirecional? Somos imortais? O universo foi criado? O que é o amor?
De acordo com a descrição no site da instituição, ela existe para que as pessoas compreendam mais profundamente o universo e tenham noção do seu lugar no mundo. Para isso, eles encorajam pesquisas e produções em assuntos que incluem a complexidade da vida, da evolução, do perdão e até do livre arbítrio, em áreas que vão da ciência à religião.
            São os novos paradigmas da ciência. Segundo, Amit Goswami, na nova ciência, não existe Deus como um imperador todo-poderoso, fazendo julgamentos a torto e a direito; existe uma inteligência pervasiva que também é o agente criativo da consciência, e que você pode chamar de Deus, se quiser. Mas, esse Deus é objetivo, é científico.
            A fim de chamar a atenção da mídia para o pensamento quântico, a primazia da consciência e o novo paradigma; foi empregado o ativismo, angariando apoio para novas pesquisas e para suscitar aplicações do novo paradigma com tamanho peso e valor. Num segundo momento o uso do poder transformador da física quântica, para a transformação individual tornando-se exemplos e arautos da mudança social na direção apropriada.
Para então reconhecer, que as atuais estruturas de nossos sistemas sociais, dominados pelo materialismo, pendem marcadamente contra a iniciativa das pessoas comuns que desejam ter uma vida significativa, criativa e transformadora. Assim, o ativismo quântico chegou para mudar nossos sistemas sociais de maneira a permitir que as pessoas comuns possam ter uma vida transformadora e significativa, realizando seu potencial humano e buscando a felicidade, que só metas criativas e espirituais podem oferecer. (Amit Goswami, E-book O ativista quântico)


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