Esse título remete
ao debate que podemos fazer sobre as teorias da física quântica relacionando-as
com a espiritualidade. Ainda é uma relação polêmica, pois consiste em dois
núcleos distintos, sendo um formado pelos que defendem a veracidade da
influência quântica no plano espiritual, e outro que nega totalmente o uso da
mecânica quântica como modo de explicar a espiritualidade.
Há os que defendem
a existência de uma relação entre a física quântica e o espiritual, onde a
força do pensamento humano poderia exercer um grande poder sobre a realidade
individual de cada pessoa, sendo ela, com as corretas indicações, capaz de
alterar o mundo ao seu redor.
Sobre a física
quântica e o pensamento, os vários físicos de renome internacional relacionam
os princípios da física quântica com as teorias sobre a consciência
humana e o poder do pensamento como “construtor” da realidade. Ou seja, a
mente humana teria uma capacidade profunda de influenciar na disposição das
micropartículas atômicas ao redor das pessoas, do modo como elas se comportam e
como elas constroem a realidade de cada indivíduo. Para os estudiosos que
acreditam nesta ideia, as intenções das pessoas influenciariam a construção da
realidade.
Pois
bem, é possível afirmar que a ciência descobriu a espiritualidade, diante de
uma teoria científica logicamente consistente sobre Deus e a espiritualidade
com base na física quântica e na primazia da consciência, onde há dados
experimentais replicados apoiando essa teoria. Atualmente a mídia está mais
aberta, embora ainda não alardeie isso, mas agora uma ciência viável da
espiritualidade ameaçando uma mudança de paradigma e passando da atual ciência
com base na matéria que estimula exclusivamente a materialidade (Goswami,
2008). Até sendo possível chamar essa nova ciência de ciência de Deus, no
entanto não precisa fazê-lo.
No dia 19 de março
de2019, o físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser, foi
anunciado vencedor do Prêmio Templeton.
O prêmio é uma espécie de “Nobel da espiritualidade”. Já foi concedido a
nomes como Madre Teresa de Calcutá (em 1973) e Dalai Lama (em 2012). Segundo a
fundação Templeton, é uma honraria entregue a profissionais que tenham feito
“uma contribuição excepcional para afirmar a dimensão espiritual da vida, seja
por insights, descoberta ou trabalhos práticos”. E você, conhece Marcelo
Gleiser? Ou sabe do que trata a sua pesquisa?
Os apaixonados por
ciência, já podem tê-lo visto em entrevistas para algum canal de televisão.
Marcelo Gleiser,
tem 60 anos, é professor de física e astronomia no Dartmouth College, nos
Estados Unidos. É reconhecido internacionalmente por seus livros, artigos,
blogs, documentários e conferências em que apresenta a ciência como uma
ferramenta que ajuda a entender as origens do universo e da vida. Ele é o
primeiro brasileiro a receber a honraria, o Prêmio Templeton, é oferecido pela fundação do mesmo nome e é guiada
por algumas perguntas: Nós
habitamos qual porcentagem do universo? Nós temos livre arbítrio? A evolução é
unidirecional? Somos imortais? O universo foi criado? O que é o amor?
De acordo com a
descrição no site da instituição, ela existe para que as pessoas compreendam
mais profundamente o universo e tenham noção do seu lugar no mundo. Para isso,
eles encorajam pesquisas e produções em assuntos que incluem a complexidade da
vida, da evolução, do perdão e até do livre arbítrio, em áreas que vão da
ciência à religião.
São
os novos paradigmas da ciência. Segundo, Amit Goswami, na nova ciência, não
existe Deus como um imperador todo-poderoso, fazendo julgamentos a torto e a
direito; existe uma inteligência pervasiva que também é o agente criativo da
consciência, e que você pode chamar de Deus, se quiser. Mas, esse Deus é
objetivo, é científico.
A
fim de chamar a atenção da mídia para o pensamento quântico, a primazia da
consciência e o novo paradigma; foi empregado o ativismo, angariando apoio para
novas pesquisas e para suscitar aplicações do novo paradigma com tamanho peso e
valor. Num segundo momento o uso do poder transformador da física quântica,
para a transformação individual tornando-se exemplos e arautos da mudança
social na direção apropriada.
Para então
reconhecer, que as atuais estruturas de nossos sistemas sociais, dominados pelo
materialismo, pendem marcadamente contra a iniciativa das pessoas comuns que
desejam ter uma vida significativa, criativa e transformadora. Assim, o ativismo
quântico chegou para mudar nossos sistemas sociais de maneira a permitir que as
pessoas comuns possam ter uma vida transformadora e significativa, realizando
seu potencial humano e buscando a felicidade, que só metas criativas e
espirituais podem oferecer. (Amit Goswami, E-book O ativista quântico)
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