Os que fazem parte da comunidade escolar,
principalmente, professores, alunos e servidores em geral, participaram da
escolha dos novos planos de gestão escolar para os próximos 4 anos. Por isso a
“educação” foi pauta de muitas reuniões, debates, conversas e outras ações, nas
comunidades escolares, do estado catarinense. A escola ainda é uma instituição
importante e fundamental? Qual é o poder exercido pela comunidade escolar? Como
somos vistos pela sociedade em geral? Gostam do que representamos? É com
honestidade que os valores, simplicidade, muito trabalho, criatividade,
comprometimento e amor são difundidos?
Para que os leitores tomem conhecimento,
conforme o site da SED, é desde 2013 que
a Secretaria de Estado da Educação (SED) fortalece a gestão
democrática e os processos de participação da comunidade escolar e das instâncias colegiadas, instituindo a
possibilidade da escolha do seu gestor por meio da análise de propostas de
Plano de Gestão Escolar (PGE), apresentadas por profissionais da educação
interessados em ocupar a função de Diretor de Unidade Escolar.
No PGE precisa constar as metas, os
objetivos e as ações, que evidenciam o compromisso com o acesso, a permanência,
a inclusão, o percurso formativo com êxito na aprendizagem, na perspectiva da
formação integral do estudante da Educação Básica e Profissional. Além de
representar ainda o compromisso da gestão com a comunidade escolar e com a SED. É aplicada anualmente a Avaliação da Gestão
Escolar, a partir de uma ferramenta processual que considera indicadores
externos e internos que podem sinalizar à gestão escolar os avanços e
dificuldades de um período. Essa
avaliação compõe uma análise dos resultados da SAGE-SC e um meio fundamental de
(re)planejamento, tomada de decisão e gestão dos processos escolares,
possibilitando intervenções pedagógicas comprometidas com a aprendizagem dos
estudantes.
O primeiro edital lançado para eleições de
PGE foi para o mandato de 4 anos a partir do ano 2015 que teve duração até
2019. Este ano o processo de escolha de Plano de Gestão Escolar, foi
regulamentado pelo Decreto SC n° 194/2019, e pela Portaria N/1434/2019, e
ocorreu em todas as Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino, exceto nas
Escolas Indígenas, de Assentamento e no Instituto Estadual de Educação (IEE),
pois possuem processo amparado por legislação específica. Divulgado no Diário
Oficial – SC nº 21.074 de 08.08.2019 (QUINTA-FEIRA).
Todos proponentes que se inscreveram participaram
do processo de “disputa” pelo cargo de diretor das escolas. Foi um processo
demorado e cheio de cuidados com a documentação. Tudo deveria passar por
comissões em todos os níveis, desde a escola até a SED. Todos que participaram
do processo estavam bem orientados. Infelizmente alguns fatos nada agradáveis
ocorreram neste período. Em se tratando de educação escolar, o espaço que
deveria ser democrático e participativo, as atitudes de alguns andaram na
contramão e provocaram conflitos e indisciplina. Esses foram os exemplos dados aos
estudantes e futuros profissionais.
Inserida na comunidade escolar de duas
escolas e acompanhando notícias de outras escolas, os sentimentos foram muitos.
Durante os dias que se deu a campanha nas escolas, observar as atitudes de alguns,
causou certo desconforto, pois ficou claro que tais atitudes estão atreladas a
uma prática política ultrapassa e obsoleta. Sinto muito, pois com tais fatos
acontecendo como ensinar valores e honestidade?
Daí aquele conhecimento armazenado nos
livros, e agora também, nos computadores, que deveria ser para expandir o universo
além dos limites estreitos do pedaço de mundo em que muitos vivem, pouco tem
valor e pouco importam nestes momentos. O que se aprende na teoria e o que é
usado na retórica não se coloca em prática no espaço social da escola. Urge o
entendimento de que o espaço escolar vai além do conhecimento, é um espaço de
convivência, muitas vezes de refúgio, de silêncio e aceitação da diversidade de
vidas que ali compartilham emoções.
Fazendo parte da comunidade escolar é
possível aprender como as vidas podem ser diferentes, mesmo quando vividas lado
a lado. E como é fácil se perder. Aprender como é difícil conhecer alguém, e
como pouco importa, se o seu coração não estiver aberto às necessidades dessa
pessoa. Não temos que entender, temos apenas que nos importar. É preciso que
compartilhemos uma atitude, uma ética de trabalho, uma visão de mundo e um
futuro. Desse modo as bençãos são as ligações profundas, e as amizades são o socorro
do cotidiano.
É nesse espaço que aprendemos o
significado de bondade, moralidade, trabalho nobre, força inesgotável,
fidelidade aos seus valores e a si próprios. É neste lugar que podemos dizer uns
aos outros: Encontre seu lugar. Seja feliz e agradecido com o que tem agora. Busque
realizar seus sonhos. Trate bem a todos. Viva uma vida boa. É impossível prever,
o amor transcende fronteiras. Não é o material que importa, é o amor, a alegria
e a gratidão de poder compartilhar tudo o que somos.
Eu os convido: vamos imaginar um
mundo melhor começando em nossa casa para dar continuidade nas escolas. Vamos
ensinar a ser feliz sem fazer coisas erradas que promovem desamor e conflitos.
Vamos nos amar mais e nos importar com o que o outro vai receber estando ao
nosso lado. Porque todos somos um e um somos nós!
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