sexta-feira, 18 de julho de 2008

ATENÇÃO! Boas notícias aos profissionais de educação!

Pois é... o Senado anunciou que deu atenção especial aos profissionais da educação do país - O piso salarial para os professores do ensino básico, o fim da possibilidade de se destinar as verbas constitucionalmente vinculadas à educação a outros setores e a criação de cargos em instituições de ensino superior são demandas antigas do setor que ficam, agora, muito próximas de se converterem em realidade.

A madrugada da quinta-feira (3/7) já começava quando os parlamentares aprovaram, na mesma sessão, dois projetos de lei da Câmara que, juntos, criam 25.105 novos cargos em instituições federais de educação profissional e tecnológica e de ensino superior: o PLC 30/08, que cria 3.375 cargos no âmbito do Ministério da Educação, destinados à redistribuição às instituições federais de ensino superior; e o PLC 91/08, que cria 9.430 cargos técnico-administrativos e 12.300 cargos de professor de ensino fundamental e médio, a serem distribuídos a instituições federais de educação profissional e tecnológica.

Na avaliação dos senadores, as iniciativas representam os primeiros passos de um longo caminho que o país deve seguir tendo em vista o desafio de reverter os índices educacionais que ostenta. Dados mais recentes do Ministério da Educação mostram que, se a situação não se alterar, apenas 53,8% dos alunos que, em 2005, ingressaram na primeira série do ensino fundamental concluirão o nono ano. - Eu ouso dizer que o piso nacional do magistério é equivalente à instituição do salário mínimo porque vai ser o grande resgate da educação, a valorização dos profissionais do magistério, dando-lhes uma unidade. É o início, o passo mais concreto que podemos dar para alcançar um sistema único de educação no nosso país, que ainda não temos - observou a senadora Ideli Salvatti.

Estava indo tudo muito bem com as boas noticias para a educação. Mas quando ouço na imprensa que os Senadores aprovam um salário de R$10.000,00 (DEZ MIL REAIS) para a contratação de mais um assessor, sem nem fazer concurso, sinto que a aprovação de R$ 950,00 é um deboche. Como encarar tantas desigualdades e injustiças que jogam em nossa cara? Como formar cidadãos éticos e participativos com medidas desta natureza? Ah... e tem mais uma boa notícia: “Está publicado na edição desta segunda-feira (7/7) do Diário Oficial da União o Decreto n.º 6.504, que cria o Programa Computador Portátil para Professores. A norma libera a compra de computadores portáteis, em condições facilitadas, com preço à vista de até R$ 1 mil. As vendas começam em setembro, nas capitais. O pagamento também poderá ser parcelado em até dois anos nos bancos credenciados. As taxas de juros vão variar entre 1,4% e 1,8% ao mês. O projeto destina-se aos cerca de 3,4 milhões de professores do ensino básico ao universitário. Ficam de fora professores de cursinhos pré-vestibulares, de escolas de música e de idiomas e de academias de ginástica.”

Para não ficarmos fora do contexto natural que se espalha – a tecnologia – nós educadores precisamos comprar os equipamentos – enquanto muitos outros funcionários “públicos” recebem gratuitamente um note book. Enquanto isso nós, os responsáveis pela formação deste povo brasileiro, continuamos PAGANDO os custos elevados para nos tornarmos atualizados neste mundo interconectado e injusto, ou seja, PAGAMOS O PATO que não é assado e nem com laranjas.

Como acreditar que os senadores estão realmente pensando em um país forte e desenvolvido? Quais foram os países que saíram do buraco? E o nosso Brasil tem pretensão de tornar-se uma nação na sua real concepção? Como? Se ainda há tanta miséria esparramada neste chão que é tão rico e distribuído de forma tão desigual. Eu vou mandar meu currículo para os Senadores, será que algum deles me admite como assessora?

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