O direito a liberdade de expressão consta no artigo 5º da Constituição Federal.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Aos que acompanham a minha coluna já sabem que sou totalmente a favor do debate. O que escrevi na edição anterior gerou polêmica e muita conversa entre as pessoas sobre o assunto. Uns ficaram desapontados, proprietários de estabelecimentos comerciais e vendedores. Outros, os consumidores, deram apoio a tudo o que foi escrito ali. Recebi e-mails e telefonemas. O que escrevi foi com conhecimento de causa. Trabalhei em vendas muitos anos. E também porque sou cliente.
Eu poderia escrever sobre os problemas que acontecem em outros lugares do Brasil, concordo, mas qual seria a contribuição para a população do lugar? A minha intenção não era acabar com a auto-estima de todos os vendedores, nem tão pouco acabar com “o comércio local”, mas sim alertar para o que está sendo vivenciado e comentado por várias pessoas que estão aqui na cidade. Porém o que ocorreu foi um desvirtuamento no foco da questão. Isso é o que acontece para quem expõe suas idéias, pois, nem todas as pessoas estão vibrando na mesma energia. Aos que não estão focadas na mesma sintonia vou esclarecer: Em apenas dois parágrafos eu comentei sobre pontos negativos. Em todo resto do que escrevi só havia coisas positivas, porém, estas não foram lidas com olhos críticos.
“Metade do caminho está percorrida se mantivermos o foco positivo na resolução dos problemas e no aprendizado que está embutido na experiência ruim, como a cultura oriental, especialmente a chinesa, ensina há milênios”, lembra Amalia Sina.
Momentos difíceis são propícios para desenvolver talentos adormecidos e investigar possíveis áreas de atuação a curto ou longo prazo
Quero deixar impresso nesta edição que o objetivo não era de provocar a ira e a inveja em alguns. Não são sentimentos benéficos. Também quero agradecer aos que dispensaram seu tempo precioso para escrever e enviar por email seu comentário cheio de argumentos, que só reafirmam as minhas observações sobre os produtos comercializados. Só não publico aqui neste espaço, pois, quem escreveu não quer que seja publicado.
Quero também agradecer aos que telefonaram e emitiram suas observações sobre o que estava escrito. Isso só me deixa lisonjeada. O objetivo de quem escreve é que as pessoas leiam e debatam sobre o assunto, mesmo que as posições sejam radicalmente contrárias, pois vivemos em uma democracia, e o conflito de idéias é melhor maneira de fazer com que as pessoas cresçam e melhorem.
PARA REFLETIR:
A única forma de não pecar por causa da ira que está sentindo é estabelecer como hábito a prática espiritual de nunca falar ou fazer alguma coisa com raiva. Pois, 99,99% das vezes que falamos ou fazemos qualquer coisa com raiva erramos. Por isso, dê sempre um tempo, pois a ira vem, mas passa se você não alimentá-la em seu coração por meio de pensamentos e palavras.
Conta-se que depois de muitos anos de economia, certo rapaz comprou seu primeiro carro. Ele cuidava daquele carrinho “velho-novo” com muita dedicação. Um dia, ele foi passar o final de semana na casa da namorada que morava em outra região do país. Quando retornou viu que seu carro não estava como ele havia estacionado, e mais, havia um arranhão numa das portas e o pneu estava baixo. Ficou mais irado ainda, quando descobriu a causa de tudo: seu irmão havia usado o carro, escondido. A fúria foi tão grande que ele decidiu ir ao encontro do irmão que estava na faculdade.
Ao tomar conhecimento, seu avô o chamou à parte e lhe disse: Você se lembra quando pegou o sapato emprestado de seu irmão e o sujou todo de lama? Você queria lavá-lo imediatamente, mas eu recomendei que esperasse o barro secar, pois assim ficaria mais fácil limpá-lo? Então, espere a raiva secar e depois vá falar com seu irmão. Dessa forma evitaremos briga em família. E as brigas, meu querido neto, muitas vezes não resolvem os problemas, agrava-os ainda mais.