segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A AMANTE. Simplesmente formidável!!!


Temos ouvido falar tanto em conservar os valores familiares que estão deturpados com tantos apelos culturais, no entanto, como estão se comportando os mesmos que criticam toda farra midiática e tecnológica?  Para que possamos refletir sobre os novos tempos e tudo o que se reflete no cotidiano social uma analogia que tem a ver com aquela frase, qualquer semelhança e mera coincidência, entre coisas ou fatos distintos.
Compartilho agora o texto A AMANTE de autor desconhecido que me chegou via whatsapp:
            “Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora novata e, em seguida, a convidou para morar com gente. A estranha aceitou e, pasmem, minha mãe também!
Enquanto eu crescia, na minha mente jovem, ela já tinha um lugar muito especial. Minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau, e meu pai me ensinou a obedecer. Mas a estranha era mais forte, nos encantava por horas falando de aventuras e mistérios. Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! O chato é que não podíamos discordar dela. Ela sempre tinha a última palavra!
Foi ela quem levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia a gente rir e chorar. A estranha quase nunca parava de falar, mas o meu pai a amava. Tinha até ciúmes. Mandava a gente ficar em silêncio para poder ouvi-la. Muitas vezes a levava para o quarto e dormia com ela. Minha mãe não gostava, mas aceitava.
Agora me pergunto se minha mãe teria rezado alguma vez para que ela fosse embora. Meu pai dirigia nosso lar com fortes convicções morais, mas a estranha não se sentia obrigada a segui-las. As brigas, os palavrões em nossa família não eram permitidos nem por parte de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, ela usava sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai e minha mãe se ruborizar.
            Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool e fumar, mas ela nos incentivava, dizia que isto nos destacava na sociedade. Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência por ela. Muitas vezes a gente a criticava, mas ela não se importava e não ia embora da nossa casa. Mas também a gente era conivente com toda esta situação.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então ela mudou muito, mas ainda continua jovem, prática, bonita e elegante. Está lá em casa, tranquila, esperando que alguém queira escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia, admirá-la. Seu nome?  A chamamos de TELEVISÃO!  Mais conhecida por TV. Agora ela arranjou um marido que se chama Computador, e tiveram um filho que se chama Tablet, e um netinho de nome Celular. A estranha agora tem uma família. E a nossa família? Cada um mais distante do outro”.
Ao ler este texto, olhando ao redor e percebendo a maneira que as pessoas estão se relacionando, não tem como dizer que os avanços tecnológicos não são bem-vindos, pois representam maior acesso ao conhecimento, maior agilidade e conexão com o mundo. Mas como está o convívio familiar? O mundo virtual é mais atrativo que a vida real? Atualmente, mais tempo se gasta no bate-papo em grupos dos mais variados interesses, do que no contato pessoal, que muitas vezes é frio e de pouca duração. Ah, então fico divagando... do que serão preenchidos os novos cérebros humanos? Quais serão as emoções sentidas e expressadas no meio de convívio social? Como serão as próximas gerações?


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