Temos ouvido falar
tanto em conservar os valores familiares que estão deturpados com tantos apelos
culturais, no entanto, como estão se comportando os mesmos que criticam toda
farra midiática e tecnológica? Para que possamos
refletir sobre os novos tempos e tudo o que se reflete no cotidiano social uma
analogia que tem a ver com aquela frase, qualquer semelhança e mera
coincidência, entre coisas ou
fatos distintos.
Compartilho agora o texto A AMANTE de autor desconhecido que
me chegou via whatsapp:
“Alguns anos depois que nasci, meu
pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o
princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora novata e, em seguida, a
convidou para morar com gente. A estranha aceitou e, pasmem, minha mãe também!
Enquanto eu
crescia, na minha mente jovem, ela já tinha um lugar muito especial. Minha mãe
me ensinou o que era bom e o que era mau, e meu pai me ensinou a obedecer. Mas
a estranha era mais forte, nos encantava por horas falando de aventuras e
mistérios. Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos
saber. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! O
chato é que não podíamos discordar dela. Ela sempre tinha a última palavra!
Foi ela quem levou
minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia a gente rir e chorar. A
estranha quase nunca parava de falar, mas o meu pai a amava. Tinha até ciúmes.
Mandava a gente ficar em silêncio para poder ouvi-la. Muitas vezes a levava para
o quarto e dormia com ela. Minha mãe não gostava, mas aceitava.
Agora me pergunto
se minha mãe teria rezado alguma vez para que ela fosse embora. Meu pai dirigia
nosso lar com fortes convicções morais, mas a estranha não se sentia obrigada a
segui-las. As brigas, os palavrões em nossa família não eram permitidos nem por
parte de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, ela
usava sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia
meu pai e minha mãe se ruborizar.
Meu
pai nunca nos deu permissão para tomar álcool e fumar, mas ela nos incentivava,
dizia que isto nos destacava na sociedade. Falava livremente (talvez demasiado)
sobre sexo. Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados
fortemente durante minha adolescência por ela. Muitas vezes a gente a
criticava, mas ela não se importava e não ia embora da nossa casa. Mas também a
gente era conivente com toda esta situação.
Passaram-se mais
de cinquenta anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então ela
mudou muito, mas ainda continua jovem, prática, bonita e elegante. Está lá em
casa, tranquila, esperando que alguém queira escutar suas conversas ou dedicar
seu tempo livre a fazer-lhe companhia, admirá-la. Seu nome? A chamamos de TELEVISÃO! Mais conhecida por TV. Agora ela arranjou um
marido que se chama Computador, e tiveram um filho que se chama Tablet, e um
netinho de nome Celular. A estranha agora tem uma família. E a nossa família?
Cada um mais distante do outro”.
Ao ler este texto,
olhando ao redor e percebendo a maneira que as pessoas estão se relacionando,
não tem como dizer que os avanços tecnológicos não são bem-vindos, pois
representam maior acesso ao conhecimento, maior agilidade e conexão com o
mundo. Mas como está o convívio familiar? O mundo virtual é mais atrativo que a
vida real? Atualmente, mais tempo se gasta no bate-papo em grupos dos mais
variados interesses, do que no contato pessoal, que muitas vezes é frio e de
pouca duração. Ah, então fico divagando... do que serão preenchidos os novos
cérebros humanos? Quais serão as emoções sentidas e expressadas no meio de
convívio social? Como serão as próximas gerações?
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