quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Ativismo quântico: Ciência e espiritualidade se aproximam.


Seguindo com o tema que abrange os novos paradigmas da ciência e com base no livro “Uma breve introdução ao ativismo quântico” de Amit Goswami no capítulo que ele argumenta sobre a aproximação da ciência e da espiritualidade e isso ocorre a partir da teoria científica da física quântica e no primado da consciência. Além da teoria apresenta também dados experimentais replicados apoiando essa teoria. 

Havia até pouco tempo uma fronteira da ciência onde a mídia ainda não alardeia pois “agora há uma ciência viável da espiritualidade prenunciando uma mudança de paradigma, a superação da atual visão de mundo que estimula exclusivamente a materialidade”. A essa nova ciência pode se dar o nome de “ciência de Deus” na qual existe “Deus como um imperador todo poderoso, fazendo julgamentos a torto e a direito; existe uma inteligência pervasiva que também é o agente criativo da consciência, e que você pode chamar de Deus, se quiser. Mas esse Deus é objetivo, é científico”.

Para saber o que fazer a respeito disso, os que estão ligados a esse novo momento da científico, recorreram ao ativismo a fim de chamar a atenção da mídia para o pensamento quântico e o primado da consciência; gerando apoio às novas pesquisas e conferir peso e reconhecimento ao novo paradigma em detrimento da ciência mecanicista tradicional.

Além do ativismo usaram o poder transformador da física quântica para a própria transformação e tornarem-se exemplos e arautos da mudança social. Por reconhecerem que a “atual estrutura social, dominada pelo materialismo, não favorece a iniciativa das pessoas comuns que desejam ter uma vida significativa, criativa e transformadora”, o ativismo passou a ser instrumento de mudança das instituições sociais, de maneira a permitir que todos possam realizar seu potencial humano e alcançar a felicidade, o que só é possível por meio de metas criativas e espirituais.”

Em seu ativismo, Amit Goswami, numa palestra aqui no Brasil sentiu-se desafiado por um participante quando ele questionou sobre as novas interpretações que integram ciência e espiritualidade para além da teoria. Quando é que vocês vão nos apresentar comprovações ou dados? E sua resposta foi: “Na verdade, fizemos nosso trabalho. As evidências científicas da espiritualidade, incluindo dados experimentais, estão aqui. Mas eu pergunto: o que estamos fazendo com elas? A pergunta deu margem a muitos questionamentos, alguns dos quais descrevo a seguir.”

• Se a espiritualidade foi restabelecida pela ciência em nossa vida, então devemos observá-la. Minha formação religiosa diz que devemos ser virtuosos. Eu gostaria de me tornar um ser humano mais amoroso, sincero, justo e solidário. A nova ciência pode me ajudar? 

• Quando penso na espiritualidade, penso em Deus, e tenho dúvidas sobre Ele. Essas dúvidas fizeram com que eu me voltasse para objetivos materiais, que não me deixaram mais feliz. Eu gostaria de resgatar a espiritualidade em minha vida. O que tem a dizer a nova ciência? 

• Se a espiritualidade é real, isso significa ter de abdicar de metas materiais em seu benefício? E se eu quiser explorar meu potencial criativo? 

• Desisti de Deus, pois não entendo como um Deus bom permite que aconteçam tantas coisas ruins. Não consigo aceitar a divisão entre bem e mal do cristianismo popular. A nova ciência pode me ajudar nessa questão?

• Gostaria de trabalhar em soluções para nossos problemas sociais. Isso é espiritual? Hoje, há muita gente confusa em relação à ética, ao valor da religião e da espiritualidade, e mesmo sobre o livre-arbítrio e a criatividade na busca do potencial humano; isso é resultado das afirmações categóricas e desmedidas da ciência convencional em prol do materialismo científico – todas as coisas (objetos materiais, pensamentos e ideias como espiritualidade e Deus) podem ser reduzidas a partículas elementares de matéria e suas interações. 

Com esses questionamentos as concepções simplistas podem dar a ideia de que Deus é uma ilusão e que seria melhor esquecê-los. Já o “Deus que os cientistas tradicionais denigrem é justamente aquele da crença popular simplista: um Deus onipotente que, de seu trono celeste, julga as pessoas e as envia para o céu ou para o inferno; um Deus que criou o mundo e todas as espécies vivas de uma só vez, há seis mil anos; um Deus que permite que coisas ruins aconteçam a pessoas boas; um Deus que se supõe perfeito e que, no entanto, tem imagens imperfeitas – ou seja, nós. 

E finalizo com mais algumas questões: Que natureza de Deus a física quântica e o pensamento do primado da consciência estão postulando? O Deus da nova ciência é compatível com o Deus de que falam as grandes tradições religiosas? Tais questões serão abordadas na próxima edição, seguindo a abordagem de Amit Goswami.

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