A sensação é de um momento perigoso onde a auto-ilusão pode perpassar mais de uma mente, quiçá a mente planetária. Sabe-se das ameaças que o planeta enfrenta hora dantes nunca vistas. É o desconhecimento da destruição exponencial o assunto de urgência a ser tratado. Em período recente atrás, a humanidade estava sob a égide de uma guerra nuclear e das mudanças catastróficas que pudessem acarretar. Hoje se percebe a morte lenta, ecologicamente incorreta que assombra o planeta pelo desmatamento das florestas, do mau uso da terra para o cultivo e da água potável. É aqui onde a capacidade do ser humano de auto-iludir-se faz a sua melhor parte.
A televisão mostra todos os dias, o trânsito caótico das grandes cidades. A quantidade de carros aumentou tanto que está sendo praticamente inviável andar de casa para o trabalho no tempo previsto. “Em um trajeto que eu posso fazer em 40min estou levando 2hs”. “Desço do ônibus uma parada antes, por que o trânsito fica congestionado, demoro mais para chegar ao centro, prefiro ir a pé”. “O governo precisa arrumar uma saída, construir alternativas para melhorar o trânsito”. “Poderiam construir pistas para carros sobre o rio Tietê, já que não vão despoluir mesmo”. Essas são falas de pessoas que vivem o dia-a-dia de São Paulo, a maior cidade brasileira.
Os hábitos de consumo, em escala mundial, estão destruindo os recursos do planeta em uma velocidade sem paralelo em toda a história. O planeta, das gerações futuras, está sendo destruído, simplesmente pelo descaso com que se trata a ligação entre o modo de vida e seus efeitos sobre o planeta. E as pessoas que vivem no trânsito caótico auto-iludem-se quanto ao uso cômodo de um automóvel e responsabilizando qualquer pessoa, menos a si própria.
É essa a questão. Vive-se a própria vida ignorando as conseqüências para o planeta e para os descendentes, desconhecendo as conexões entre as decisões diárias – de comprar isso ou aquilo – e o ônus que essas condições representam para o planeta. Seria possível pesar, com exatidão relativa, o dano ecológico envolvido num dado ato de fabricação, e, depois disso ainda gerar um padrão que resuma a extensão do dano da fabricação de um carro, ou de uma caixa de alumínio? Quantas empresas automobilísticas se instalaram no Brasil nos últimos 10 anos?
Este mês a pauta é conscientização sobre a água. Com as informações que vão pipocar na imprensa, nas escolas, na internet, o que fazer com elas? Com este conhecimento adquirido como passar a assumir maior responsabilidade pelo impacto que o nosso modo de vida tem sobre o planeta? Porém esta informação não está acessível, e mesmo os que mais se preocupam com a ecologia não sabem exatamente qual é o efeito, e para a maioria, ignorar é a forma mais fácil que permite deslizar para uma grande mentira, ou auto-ilusão, convencendo-se que as pequenas ou grandes decisões de nossa vida material nem tem tanto impacto assim, e por isso pouco importa ao planeta.
"O que age na mente de um indivíduo, também ocorre quanto ao consciente coletivo de um grupo. Para pertencer a um grupo de qualquer tipo, o preço tácito da admissão consiste em concordar em não notar a própria sensação de mal-estar e de dúvida, e certamente não questionar qualquer coisa que seja um desafio ao modo do grupo de fazer as coisas”.
O parágrafo anterior está para o fechamento deste artigo, bem como para o início de outro, que envolve as decisões de um individuo enquanto individuo consciente das responsabilidades de seus atos em relação ao planeta, e enquanto indivíduo coletivo atuante no grupo inserido.
Fonte de inspiração: Livro – Mentiras Essenciais, Verdades Simples. A psicologia da auto-ilusão. Daniel Goleman. Autor de Inteligência emocional.
A televisão mostra todos os dias, o trânsito caótico das grandes cidades. A quantidade de carros aumentou tanto que está sendo praticamente inviável andar de casa para o trabalho no tempo previsto. “Em um trajeto que eu posso fazer em 40min estou levando 2hs”. “Desço do ônibus uma parada antes, por que o trânsito fica congestionado, demoro mais para chegar ao centro, prefiro ir a pé”. “O governo precisa arrumar uma saída, construir alternativas para melhorar o trânsito”. “Poderiam construir pistas para carros sobre o rio Tietê, já que não vão despoluir mesmo”. Essas são falas de pessoas que vivem o dia-a-dia de São Paulo, a maior cidade brasileira.
Os hábitos de consumo, em escala mundial, estão destruindo os recursos do planeta em uma velocidade sem paralelo em toda a história. O planeta, das gerações futuras, está sendo destruído, simplesmente pelo descaso com que se trata a ligação entre o modo de vida e seus efeitos sobre o planeta. E as pessoas que vivem no trânsito caótico auto-iludem-se quanto ao uso cômodo de um automóvel e responsabilizando qualquer pessoa, menos a si própria.
É essa a questão. Vive-se a própria vida ignorando as conseqüências para o planeta e para os descendentes, desconhecendo as conexões entre as decisões diárias – de comprar isso ou aquilo – e o ônus que essas condições representam para o planeta. Seria possível pesar, com exatidão relativa, o dano ecológico envolvido num dado ato de fabricação, e, depois disso ainda gerar um padrão que resuma a extensão do dano da fabricação de um carro, ou de uma caixa de alumínio? Quantas empresas automobilísticas se instalaram no Brasil nos últimos 10 anos?
Este mês a pauta é conscientização sobre a água. Com as informações que vão pipocar na imprensa, nas escolas, na internet, o que fazer com elas? Com este conhecimento adquirido como passar a assumir maior responsabilidade pelo impacto que o nosso modo de vida tem sobre o planeta? Porém esta informação não está acessível, e mesmo os que mais se preocupam com a ecologia não sabem exatamente qual é o efeito, e para a maioria, ignorar é a forma mais fácil que permite deslizar para uma grande mentira, ou auto-ilusão, convencendo-se que as pequenas ou grandes decisões de nossa vida material nem tem tanto impacto assim, e por isso pouco importa ao planeta.
"O que age na mente de um indivíduo, também ocorre quanto ao consciente coletivo de um grupo. Para pertencer a um grupo de qualquer tipo, o preço tácito da admissão consiste em concordar em não notar a própria sensação de mal-estar e de dúvida, e certamente não questionar qualquer coisa que seja um desafio ao modo do grupo de fazer as coisas”.
O parágrafo anterior está para o fechamento deste artigo, bem como para o início de outro, que envolve as decisões de um individuo enquanto individuo consciente das responsabilidades de seus atos em relação ao planeta, e enquanto indivíduo coletivo atuante no grupo inserido.
Fonte de inspiração: Livro – Mentiras Essenciais, Verdades Simples. A psicologia da auto-ilusão. Daniel Goleman. Autor de Inteligência emocional.
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