Os EUA se imbuiu de um sentimento de superioridade e autoconfiança e se firmou no modelo democrático-liberal, a partir da sua independência em 1776. Em 1823 com a Doutrina Monroe – “América para os americanos” um modelo de construção de nação, maior disposição para se firmar como potência hegemônica. Primeiro indício da implantação dos projetos belicistas e expansionista do novo império foi à expropriação do território do México, Califórnia, Texas grandes produtores de petróleo. O segundo passo foi à intervenção na Guerra de Independência de Cuba contra Espanha, quando dominou Porto Rico, Filipinas, Ilhas Gwan e o controle de Cuba. Terceiro passo foi tornar-se uma grande potência no setor automobilístico, considerando a maior mercadoria – econômica e ideológica – um estilo de vida e de consumo. Usou seu poderio bélico na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha, e na Segunda Guerra Mundial para derrubar o monstro criado pela Europa – fascismo e nazismo – e que serviu também para abreviar as conseqüências da crise de 1929 e a expansão do capitalismo.
Os outros países que disputavam a hegemonia mundial – URSS, ALEMANHA, JAPÃO – sofriam os desgastes da guerra enquanto os EUA fortaleciam a indústria bélica; e com poder econômico, ainda ajudaram na reconstrução da Europa e do Japão. Fez parte da Ideologia norte americana a Criação da OTAN para defender a Europa da expansão soviética. A polarização comunismo/capitalismo – foi disfarçada por democracia/totalitarismo, e questionada apenas pela Revolução Cubana que sofreu um forte bloqueio e isolamento econômico. Com o término da Guerra Fria os EUA se firma como única superpotência pela imensa máquina de dominação ideológica, o forte mercado interno, a superioridade tecnológica e militar; e se consolidou como única força política, com a derrota da URSS a neutralização da Europa Ocidental e Japão e a imposição no Brasil, na África do Sul, na Índia, no Iraque. Dois países ainda não estão sob total domínio – China e Irã - o primeiro depende do mercado, da tecnologia e de investimentos dos EUA. O sistema imperial está apoiado na OTAN, FMI, Banco Mundial, OMC, G-8 mais a força dos EUA através dos meios de comunicação, propagandeando a ideologia neoliberal que é a difusão ilimitada do livre comércio e da globalização. Os pilares são as grandes corporações multinacionais e a hegemonia econômica no conjunto do sistema do capital financeiro.
Mas, nem tudo está perdido, esta ideologia tem debilidade. Uma delas é a exclusão da grande maioria da humanidade dos benefícios das políticas dominantes. No sul do mundo, onde há maior concentração da população - 86%, apenas 15% da riqueza estão sendo distribuídas. O Brasil juntamente com Índia e China soma 40% da população mundial. Aqui é que pode nascer uma frente para neutralizar o poderio do hemisfério norte, onde apenas 15% da população mundial possuem 85% da riqueza existente. A dependência de outros países no caso dos produtores de petróleo, Venezuela, Irã, Iraque, Líbia; ou de produtores de mercadoria barata, China, Índia, México; ou de mão de obra barata, México, Porto Rico e outros.
A maior das debilidades é no plano histórico e moral – a especulação em detrimento da produção, a utilização da tecnologia na maximização dos lucros que barateia o custo dos produtos, mas aumenta o desemprego. Eleva a produção de bens e serviços, mas não distribui a renda de maneira correspondente. Os valores defendidos são sempre voltados aos bens materiais que o próprio capitalismo veta o acesso. A maior parte da população é vítima do trabalho informal, precário, sem direitos, e com total insegurança. Estes modelos fraturam a sociedade nacional.