domingo, 1 de junho de 2008

E por falar em amor...

E por falar em amor é o título de um livro de Marina Colassanti. O tema deste livro é polêmico por que abrange todos os seres humanos, na complexidade individual dos sentimentos. Não existe uma maneira certa de amar. Existem situações parecidas que podem ilustrar a situação de cada um; porém conforme a autora, as diferenças já começam na forma de exteriorizar o amor.

Para as mulheres o amor é o motivador principal para o sexo; para os homens o amor é uma ameaça à sua sexualidade. E com base nestas diferenças, existe um número muito grande de desencontros. Nos últimos tempos, com a liberação sexual, ocorreram algumas mudanças na maneira de cortejar, mas o cortejo continua. Aceitar a corte, em amor, é encorajar o outro. Estar aberta ao cortejo é dar sinais para que o amor aconteça.

Quando o amor acontece, queremos nos integrar ao outro e também nos expandir através dele. Conhecer o outro é fator fundamental. Quando se ama existe a capacidade de se colocar no lugar do outro, saber como pensa e quais são os seus desejos. Se eu digo que amo, sem conhecer, não estou amando. No amor podemos viver extremos – felicidade e sofrimento.

Para que haja felicidade completa é necessária a entrega. E o sofrimento aparece, logo que algo sai errado. A mentira é a pior arma: destrói a confiança. O susto ao descobrir a mentira, é muito maior do que a mentira em si, pois estamos sendo enganados duplamente. Pela mentira e por tudo que acreditávamos conhecer da pessoa. Amor e admiração só combinam quando se baseiam nas qualidades e defeitos.

No amor, precisamos nos mostrar por inteiro – defeitos e qualidades. Amar o belo é muito fácil. O processo doloroso é quando mostramos os nossos defeitos. Porque quando nus, somos horrendos, e horrendos é que precisamos de amor. Além do amor, existe a paixão e o amor apaixonado. Em cada sentimento, outros tantos se manifestam; e que podem nos ajudar a identificar qual é o sentimento que nos move por determinada pessoa. A paixão provoca uma descarga muito forte, quando nos aproximamos da pessoa escolhida, porém, a paixão tem horas contadas, é cheia de suspense, enervante. Já o amor é pleno, apaziguante. O amor não é uma emoção agressiva.

Atualmente, temos de um lado, o amor denegrido, de outro; a paixão endeusada e no meio o nosso desejo de afeto, de sexo, de encontro. Parece então que as pessoas estão cansadas do excesso de paixão e estão querendo um amor sem disfarces, um amor apaixonado. Percebe-se que, apesar de todas as faces do amor, dos enganos, sofrimentos, diferenças, desencontros, precisamos nos abrir para o conhecimento de nossos sentimentos e conhecer o sentimento dos outros sem colocar máscaras, que venham impedir a permanência do amor em nossas vidas.

“A melhor maneira de entender o amor é vivê-lo”

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