sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Como equacionar a fome no mundo?

Esta é a questão que acomete meus pensamentos nos últimos dias. São tantas as notícias veiculadas na imprensa sobre a fome no mundo, sobre os encontros dos líderes mundiais e representantes de organizações internacionais que fico intrigada. Quais são os motivos deste debate neste momento? Quais são os verdadeiros objetivos desta divulgação na imprensa? Durante milhares de anos, nações inteiras não saem do baixo índice de desnutrição. Durante milhares de anos pessoas morrem de fome, de sede e de falta de condições básicas de vida. Por outro lado, milhares de pessoas desperdiçam toneladas de alimentos. Como equacionar esta oposição extrema? E ainda por cima por ter o conhecimento de uma série de teorias pensadas e colocadas em prática por países imperialistas.

Aqui vai um exemplo: “Ouvi dizer que povos podem tornar-se dependentes de nós para obter alimentos. Sei que isso não deve ser considerado como boa notícia. Para mim, é uma boa notícia, porque as pessoas têm, antes de mais nada, que comer. E, se procuramos uma maneira de as pessoas serem dependentes, parece-me que a dependência alimentar é a melhor.” Senador Humbert Humphrey. U.U. Congress, Senate Commitee on Agriculture and Forestry, Hearings, policies and operations of PL 480, 84 Congresso(1957). Levando em consideração esta afirmação qual é a análise da política dos Estados Unidos para os países do Terceiro Mundo e de seus desdobramentos nesses países? Vamos refletir estas questões?

Outra notícia que circula na imprensa é que o setor de biocombustíveis vem sendo atacado por grupos ambientalistas por acelerar a destruição das florestas, enquanto alguns analistas o culpam por contribuir com o aumento do preço internacional dos alimentos por utilizar terras que poderiam ser destinadas à produção de alimentos. O presidente brasileiro defende os biocombustíveis e acusa especuladores internacionais de contribuírem com o atual aumento de preços de alimentos e combustível. "Primeiro de tudo, não é a produção de etanol ou de biocombustível que é responsável pelo aumento no preço da comida", disse Lula. Os problemas com alimentos podem ser amenizados por um acordo na rodada de Doha, que dê acesso para produtos agrícolas ao mercado internacional.

O que uma coisa tem a ver com a outra? Vamos pensar? Os biocombustíveis fazem parte da agenda de prioridades dos principais atores no cenário internacional. O assunto tem ganhado relevância estratégica, impulsionado pelo aumento nos preços do petróleo, pela perspectiva de que esses se mantenham elevados em razão da demanda de grandes países, como China, Índia e EUA, e pela preocupação com a garantia de fornecimento devido à instabilidade política nas principais regiões produtoras de combustíveis fósseis no mundo.

Por todas essas razões, torna-se imprescindível que a comunidade internacional aprimore e expanda, cada vez mais, o uso de fontes renováveis de energia nas suas mais diversas aplicações. No setor de transportes, o desenvolvimento de biocombustíveis líquidos – sobretudo biodiesel e etanol – é de fundamental importância para reduzir a dependência com relação ao petróleo, que atualmente responde por cerca de 98% da demanda mundial de combustíveis e cujo nível de preços pode impor limites indesejáveis ao crescimento da economia mundial. Além disso, a perspectiva de esgotamento das reservas mundiais de petróleo torna premente, sobretudo para os países em desenvolvimento, o incentivo a fontes alternativas de energia, sob risco de esses países terem seu processo de desenvolvimento impactado.

Afinal quem está preocupado em equacionar a fome no mundo?
Quais são as ações efetivas nesta direção? Quais são as nações interessadas em receber alimentos? Quem são os indivíduos que aparecem nas imagens em pele e osso?

Um comentário:

Flavio disse...

Show de bola, sensacional.Gostei muito.Flavio

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