terça-feira, 24 de março de 2020

Qual é a representatividade da mulher no cenário político?


A partir desta edição vou compartilhar mais um trabalho de pesquisa realizado no projeto multidisciplinar na área das ciências humanas, nos componentes curriculares de Filosofia, Geografia, História e Sociologia, orientado pelas professoras das respectivas disciplinas. Este trabalho foi realizado por alunos da segunda série do ensino médio na Escola de Educação Básica Carlos, pelos alunos Aline Nitz, Carlos Elian Lopes Vieira.
            O tema escolhido para esta pesquisa foi “A Mulher na Política”, então, após algumas pesquisas e análises sobre o cenário atual, o trabalho estará voltado a responder a seguinte pergunta: “O número de mulheres no cenário político é inferior ao número de homens?”. Até chegarmos ao resultado foram elaboradas hipóteses que levaram em conta fatores sociais, biológicos, e, históricos. Ao total, foram estabelecidas, de maneira geral, quatro hipóteses: Sexo inferior; Carência na representatividade feminina; Discriminação; Machismo. Após a formulação das hipóteses, foram feitas inúmeras pesquisas sobre cada assunto na Web.
Segundo o IBGE, o número de mulheres no Brasil é maior que o número de homens, porém, em contrapartida, o nosso país possui uma representatividade política feminina muito baixa, devido à exclusão histórica das mulheres na política.
Desde o início dos tempos as mulheres são inferiorizadas, economicamente, culturalmente, politicamente e intelectualmente. Este mito já está presente em nossa sociedade desde o seu início até os dias de hoje. Algumas pessoas apontam a “superioridade” masculina como algo natural, ou seja, “Os homens são socialmente superiores, pois são naturalmente superiores”, porém, a grande responsável por esse feito é a sociedade. Um grande exemplo é o povo ateniense que mesmo sendo esses os criadores da democracia, reduziam a participação da mulher, a qual era educada para o mundo doméstico, o pai era quem escolhia seu marido. Após o casamento a subserviência feminina era destinada ao marido, e apesar das reformas políticas, não participavam das questões por serem consideradas inaptas para esse tipo de tarefa.
Mas, o gênero masculino nem sempre foi o sexo superior. Na sociedade primitiva, nos primórdios da humanidade, as mulheres eram quem governavam a vida social dos demais, diferente dessa situação em que nos encontramos hoje, antigamente, os primatas não tinham nenhum sentimento opressor ou discriminatório, totalmente pelo contrário, a sociedade primitiva era toda igualitária. Além disso, a maternidade era vista por eles como um dom dos Deuses.
Devido a algumas atividades como a caça, os homens ficavam longe de suas aldeias por longos períodos, dessa forma, as mulheres acabaram por desenvolver outras práticas produtivas para sua sobrevivência como a agricultura. Dessa forma, elas acabaram conquistando certa emancipação dos homens, aumentaram-se os alimentos e consequentemente a população também. E por muito tempo, essa harmonia entre homens e mulheres foi realidade, conseguia ampliar sua sociedade, o bem-estar social, entre outros benefícios.
Porém com a Revolta Agrícola, formulada por mulheres, ocorreu à divisão do trabalho onde o trabalho agrícola separou-se do trabalho industrial urbano, o trabalho manual do trabalho intelectual. Assim os homens acabaram tomando posse das invenções das mulheres, assumindo os cargos mais importantes, logo, para mulher, só lhe restaram suas funções biológicas, sendo excluídas da vida social, enfim, escravizadas. 
Felizmente, últimas décadas as mulheres saíram de suas casas, das atividades domésticas, dos cuidados com o lar, e dessa maneira passaram a conquistar, lentamente, direitos que lhes foram negados, sendo um marco muito importante para a história, o direito ao voto, no Brasil aprovado pelo Decreto n° 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, diz que, “É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na fórma deste Codigo” (art.2). Vários movimentos feministas estão a surgir no mundo todo, estão lutando por seus direitos, porém, sabemos que é uma longa caminhada com vários obstáculos pela frente.
Não podemos afirmar a superioridade masculina ou feminina sem levar em conta os fatores históricos. Ao desenrolar da história tivemos períodos em que a superioridade feminina falava mais alto e momentos onde a supremacia esteve nas mãos masculinas. Dessa forma, é errado firmar um sexo como superior ou inferior, nossa sociedade não faz isso, porém, ela é exageradamente desigual.

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