A produção de texto da aluna Clara Roberta Mombach Leal, a partir das aulas de Geografia nas turmas das segundas séries do ensino médio, da turma 2ª II, evidencia a competência nº 7 das 10 competências que serviram de referência para estruturação de toda a Base, desde a Educação Infantil até o fim do Ensino Médio.
"Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis,
para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento
ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta."
Pobreza: “estado de pobre, falta daquilo que é necessário à
subsistência; penúria”, segundo o dicionário. Também definida por nós como o estado de quem é pobre, ou seja, que não tem
as condições básicas para garantir a sua sobrevivência com qualidade de vida e
dignidade. A pobreza é uma condição de vida onde as pessoas passam por carência de bens e serviços essenciais para a vida, como
alimentação, vestuário, cuidados com a saúde e instalação.
Há também outra categoria da pobreza, a pobreza
extrema, que significa miséria, pobreza absoluta, destituição ou penúria, e foi definida pelas Nações
Unidas (ONU) em seu relatório de
1995 da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social como “uma condição
caracterizada por severa privação das necessidades humanas básicas, incluindo
alimentos, água potável, instalações de saneamento, saúde, abrigo, educação e
informação”.
Essa condição depende não apenas da renda, mas
também do acesso aos serviços. O objetivo número 1 da ONU
é a erradicação da pobreza: “Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em
todos os lugares”, diz o enunciado do pretensioso desafio. Quem circula pelas
grandes cidades nos dias atuais, enxerga um número enorme de pessoas vivendo
abaixo da linha da pobreza. Não são apenas pobres, são extremamente pobres.
Muitos não conseguem sustentar a si mesmos e buscam ajuda de quem passa. Ser
abordado no semáforo, nas ruas e nos demais locais públicos virou
rotina. Essa é a face mais visível das pessoas que vivem em condição de
miserabilidade.
De acordo com o Banco Mundial, mesmo nos países
por ele designados "em desenvolvimento”, há um elevado percentual de
pessoas pobres e extremamente pobres na população, sobretudo na África
subsaariana e no sul da Ásia, regiões onde está a maioria dos "países
menos desenvolvidos”. As pessoas consideradas pobres são as que vivem com renda
inferior a 3,10 dólares PPC (sigla para Paridade do Poder de Compra) por dia,
portanto, abaixo da linha de pobreza internacional, e as extremamente pobres,
as que sobrevivem com menos de 1,90 dólar PPC por dia, no limite da miséria.
A pobreza é desigual entre os países, mesmo nas
regiões onde se concentram mais pessoas pobres. A ONU criou os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio e usa a expressão "combate à pobreza", e
não "ao subdesenvolvimento". Desenvolvimento e
"subdesenvolvimento" são realidades opostas, porém inseparáveis,
resultantes do processo de mundialização do capitalismo.
Desde as Grandes Navegações, houve
transferência de riquezas das colônias para as metrópoles, fruto da exploração
colonialista e depois imperialista, criando as condições para um
desenvolvimento econômico desigual entre os países. A diferença de renda no
mundo não era muito evidente no início da expansão colonial, mas foi aumentando
ao longo do desenvolvimento do capitalismo e tornou- se muito acentuada no
período contemporâneo. Entretanto, o rápido crescimento econômico que vem
ocorrendo em diversos países em desenvolvimento desde os anos 1990 tem alterado
essa situação.
Países emergentes, tais como China, Brasil,
Rússia, Índia e México, levando em consideração aspectos como PIB, produção
industrial, recursos naturais e potencial do mercado interno, são muitos mais
ricos do que muitos países classificados como desenvolvidos. Porém, apesar de
as elites desses países terem alto padrão de vida, o índice de desenvolvimento
humano é inferior ao dos países desenvolvidos. Além disso, a infraestrutura
produtiva (energia, telecomunicações, portos, rodovias, etc.) muitas vezes
apresenta problemas.
Países do golfo pérsico, produtores de
petróleo, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, estão no grupo das
nações de alta renda per capita. Entretanto, como a riqueza desses países se
concentra nas mãos de uma minoria, eles não podem ser considerados desenvolvidos.
O Brasil, país de renda média-alta, tem uma das piores distribuições de renda
do mundo, de acordo com dados do Banco Mundial.
Com isso podemos dizer que o mundo é um só,
apesar de ser dividido em diversos países; a humanidade é uma só, apesar da sua
divisão em classes socioeconômicas. O Brasil pode se transformar num país sem preconceito
e discriminações, para isso é preciso erradicar a miséria da alma e a pobreza
financeira da população. O mundo é rico e abundante, o conhecimento produzido
difundido e adquirido pela sociedade já é suficiente para munir satisfatoriamente
toda a população do globo.
Fontes:
ConJur - A
pobreza extrema, a ONU e a Constituição Federal; MOREIRA, J.C.; SENE. E.
Geografia para o ensino médio: Geografia
Geral e do Brasil. Espaço geográfico e globalização. Vol. 1,2,3. São Paulo:
Scipione 2017 Wikipédia, Dicionário,
Significados.
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